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Opinião

Pedro Ivo Carvalho

Pedro Ivo Carvalho

À medida da nossa pobreza

O altruísmo de um Governo em tempos de crise revela sempre duas faces: a boa, e óbvia, ligada à disponibilização de ajudas aos mais carenciados; e a má, que decorre da boa, que nos mostra com crueldade a exata dimensão das necessidades. Cerca de um terço dos portugueses (mais ou menos três milhões de almas) têm rendimentos que os enquadram no patamar das chamadas famílias vulneráveis. São eles os principais beneficiários deste novo pacote de apoios anunciado pelo Governo. São eles a tradução da nossa pobreza estrutural. Mas ter presente esta realidade não nos desobriga de reconhecer o mérito das ajudas ontem aprovadas. Um Estado meramente assistencialista não resolve nada, mas pode ajudar muita gente. E olhando para os rendimentos desse exército de dependentes é mais do que justo reconhecer que tinham de ser eles os prioritários. A estratégia foi, por isso, coerente com o passado socialista recente: acudir aos mais pobres e à Função Pública sem fazer perigar as contas públicas, usando pensos rápidos que são muito sonoros e garantem oxigénio político em momentos de forte agitação institucional. Tudo isto, claro, sem esquecer a natureza social do eleitorado.

Margarida Fonseca

Margarida Fonseca

#sorrir

Num dia em que o ódio chegou de todos os cantos, dei por mim a saborear no cair da noite o que de bom a vida nos pode dar. Desculpem, leitores, mas esta pode ser uma forma de fazê-los sorrir no meio de más notícias. É primavera, já se sabe, como se sabe que com ela virão sons e cheiros que nos devem encher de esperança. Não há melhor do que ver as flores saltarem de botões, ouvir as cigarras no campo ao lado, ver uma criança a rir alto perante brincadeiras com os pais, cheirar relva cortada, sentir o afago de um filho no rosto, dar uma palavra de carinho a um vizinho que está só. Poesia pura, eu sei. Mas poderemos ter paz se não fecharmos os olhos para sorver o que há de bom e que é de graça? O quotidiano, um ditador na imposição de desgraças, fará da vida uma constante ferida aberta se não soubermos sorrir. Nem que seja por um segundo. Vamos a isso?