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Tem 56 anos e apoia Trump: detido suspeito dos pacotes-bomba nos EUA

Cesar Sayoc, 56 anos Twitter

Foi revelada a identidade do homem, de 56 anos, detido no sul da Florida no âmbito da investigação sobre o envio de vários pacotes com explosivos nos EUA.

Sayoc, de 56 anos e residente em Aventura, na Flórida, corre o risco de ser condenado a uma pena de prisão até 48 anos. Será acusado de cinco crimes, disse esta sexta-feira o procurador-geral norte-americano, Jeff Sessions, em conferência de imprensa.

"Estas acusações podem mudar ou aumentar à medida que prossegue a investigação", disse Sessions.

A detenção foi confirmada oficialmente pelo Departamento de Justiça norte-americano, sem revelar a identidade do suspeito, tendo sido anunciada uma conferência de imprensa para dar mais informações (às 14.30 locais, 19.30 horas em Portugal continental).

Segundo a CNN, que cita várias fontes das forças de segurança, a detenção ocorreu no sul da Florida. A CBS especifica que o detido tem 56 anos e que foram encontrados vestígios de ADN num dos pacotes suspeitos.

Meios de comunicação social norte-americanos avançam que se trata de Cesar Sayoc Jr., nascido em 1962.

Apesar de o suspeito ter residência em Aventura, na Florida, tem ligações à cidade de Nova Iorque.

As autoridades apreenderam a carrinha do suspeito em Plantation, Florida. Segundo imagens divulgadas nas redes sociais, o veículo tinha vários cartazes e mensagens de apoio a Donald Trump e contras os seus críticos.

Informações online revelam que Cesar Sayoc se inscreveu no partido Republicano em março de 2016.

No seu perfil na rede social LinkedIn, apresenta-se como promotor, agente e coreógrafo de espetáculos de striptease masculinos.

Tem ainda antecedentes criminais, tendo sido detido e condenado várias vezes, nomeadamente por roubo, violência doméstica contra a mãe, posse e venda de esteroides. A última vez foi em 2014. Em 2002 foi condenado por uma ameaça de bomba em Dade County, na Florida.

O presidente Donald Trump reagiu pouco depois à detenção, saudando o trabalho das forças de segurança e agências envolvidas na investigação. "Atos aterradores" são "desprezíveis e não têm lugar neste país", disse.

Esta sexta-feira foram encontrados mais dois pacotes suspeitos - um na Florida, cujo destinatário era o senador de Nova Jérsia Cory Booker; outro em Nova Iorque endereçado ao anterior diretor da CIA James Clapper.

Segundo John Miller, do departamento de contraterrorismo da polícia de Nova Iorque, o pacote encontrado esta sexta-feira na cidade "parece ser uma bomba caseira consistente com os outros engenhos enviados esta semana". Foi um carteiro que deu o alerta do pacote suspeito.

As autoridades estão também a investigar outro pacote suspeito em Sacramento, na Califórnia, que tinha como destino a senadora democrata Kamala Harris.

Desde quarta-feira (dia 24), 12 pacotes suspeitos de conter explosivos foram enviados a destacados membros e apoiantes do partido Democrata, como Hillary Clinton e o ex-presidente Barack Obama; críticos do presidente Donald Trump, como o ator Robert De Niro; e para a sede da CNN, deixando os Estados Unidos em alerta.