Economia

Tomás Correia recorre de multa aplicada pelo Banco de Portugal

Tomás Correia é o atual presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, dona do banco Montepio João Silva/Global Imagens

Apesar da coima de 1,25 milhões de euros por irregularidades no banco Montepio no período em que era presidente, o atual líder da Associação Mutualista não verá a sua idoneidade posta em causa pela Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões. Ministério do Trabalho em silêncio.

"Vamos impugnar", indicou à Lusa fonte ligada ao gestor, acrescentando que as contraordenações "não inibem a atividade profissional" de Tomás Correia e que "recaem sobre processos de crédito concedidos a empresa do grupo e não a clientes externos".

O Banco de Portugal condenou Tomás Correia, sete ex-administradores e ainda o próprio banco Montepio a multas por irregularidades relacionadas com concessão de créditos, no âmbito de um processo de contraordenação que teve origem na auditoria especial feita em 2014, avançou o "Expresso".

Tomás Correia, atualmente presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (dona do banco Montepio), foi condenado a pagar 1,25 milhões de euros. Já o banco Montepio foi condenado em 2,5 milhões de euros.

O presidente da Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) disse à Lusa que não cabe ao regulador dos seguros pronunciar-se sobre a idoneidade de Tomás Correia, uma vez que ainda não tem a supervisão da Associação Mutualista Montepio Geral.

O responsável pelo regulador dos seguros explicou que só após o período de convergência, que pode demorar até 12 anos, da mutualista com o setor segurador é que caberá à ASF essa competência.

A Lusa contactou o Ministério do Trabalho, a quem cabe a regulação da Associação Mutualista Montepio Geral, mas ainda não obteve resposta.

JN/Lusa