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Jordan, a mulher que morreu abraçada ao filho bebé para o proteger em El Paso

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Uma mulher de 25 anos morreu, no sábado, no tiroteio que fez 20 mortos em El Paso, no Texas, ao proteger o filho bebé que sobreviveu ao ataque.

O bebé ficou com ferimentos, apesar de não ter sido atingido com qualquer tiro, e, de acordo com o que escreve o jornal "The Guardian", terá sido salvo pela mãe.

Leta Jamrowski, de 19 anos, de El Paso, no Estado do Texas, soube, no sábado, que a sua irmã, Jordan Anchondo, foi fatalmente atingida a tiro no supermercado Walmart onde morreram mais 19 pessoas.

"Tendo em conta os ferimentos do bebé, o mais provável é que a minha irmã tenha feito uma espécie de escudo para o proteger", disse Leta, à saída de um centro médico em El Paso.

Aos jornalistas que estavam no local, a mulher disse que o bebé tinha ficado com alguns ossos partidos em consequência da queda da mãe. "Quando estava a segurar nele foi atingida a tiro e acabou por cair em cima do bebé, daí os ossos partidos na criança", explicou.

Além da irmã, Leta também terá perdido o cunhado, que permanece incontactável desde o final da manhã de sábado. As autoridades ainda não revelaram a lista oficial com o nome das vítimas mortais do ataque em El Paso.

Justiça norte-americana vai pedir pena de morte para atirador de El Paso

As autoridades do Texas anunciaram que vão pedir pena de morte para o atirador que sábado abriu fogo num centro comercial em El Paso, causando 20 mortos e mais de duas dezenas de feridos.

"A pena máxima no Estado é a pena de morte e ele incorre na pena de morte. Vamos requerer a pena de morte", disse o procurador de El Paso, Jaime Esparza.

O procurador, que falava em conferência de imprensa, adiantou que o caso está a ser tratado como "terrorismo doméstico" e "delito de ódio".

Anteriormente, as autoridades norte-americanas tinham anunciado estar a investigar uma possível ligação do suspeito com um manifesto publicado online criticando "a invasão hispânica do Texas".

Redação