Mundo

Johnson feliz com "abolição" da solução "antidemocrática" para Irlanda do Norte

Boris Johnson: "Este novo acordo garante que recuperamos o controlo das nossas leis, fronteiras, dinheiro e comércio" Henry Nicholls/REuters

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, felicitou-se esta quinta-feira por o novo acordo para o Brexit assegurar a abolição da "antidemocrática" solução de salvaguarda para a Irlanda do Norte.

"O 'backstop' antidemocrático foi abolido. O povo da Irlanda do Norte vai ficar responsável pelas leis que lhes regulam a vida e - ao contrário do 'backstop' - terá o direito de pôr fim ao mecanismo especial, se assim o desejar", vincou, numa comunicação através da rede social Twitter.

Boris Johnson disse que o acordo negociado com a UE, anunciado esta quinta-feira, garante que o Reino Unido vai sair da União Aduaneira da UE em conjunto e pode "fechar acordos comerciais em todo o mundo".

"Este novo acordo recupera o controlo. Na negociação anterior, Bruxelas mantinha o controlo final e poderia ter forçado o Reino Unido a aceitar as leis e os impostos da UE para sempre", afirmou.

Boris Johnson manifestou-se confiante de que este acordo vai permitir "concluir o Brexit e deixar a UE dentro de duas semanas".

"Este novo acordo garante que recuperamos o controlo das nossas leis, fronteiras, dinheiro e comércio sem interrupções e que se estabeleça um novo relacionamento com a UE com base no comércio livre e na cooperação amigável", concluiu.

A União Europeia e o Reino Unido anunciaram terem alcançado um acordo para a saída do país do bloco comunitário após longas negociações. "Temos um [acordo]", disse Jean-Claude Juncker, enquanto Boris Johnson anunciou "um excelente novo acordo" para o Brexit.

Boris Johnson tinha chegada prevista a Bruxelas às 13.30 horas (12.30 horas em Portugal continental), para participar no Conselho Europeu, que se reúne esta tarde para apreciar o conteúdo do acordo e, em última instância, aprová-lo ainda durante a cimeira europeia que se estende até sexta-feira.

Posteriormente, o acordo terá de ser ratificado pelo Parlamento Europeu (PE) e pelo Parlamento britânico.

Redação