Justiça

Colega de Bruno Jacinto diz ter tido intervenção involuntária na entrada de BMW em Alcochete

Ricardo Vaz Filipe Amorim / Global Imagens

Ricardo Vaz, que à data do ataque a Academia de Alcochete exercia funções no gabinete de apoio aos jogadores, disse esta quinta-feira no Tribunal de Monsanto que teve uma "intervenção involuntária" na entrada do BMW de Nuno Torres na academia, no dia do ataque.

O hoje bombeiro sapador conta aos juízes que depois do ataque, que não presenciou, recebeu uma chamada do seu colega Bruno Jacinto a pedir para avisar a portaria porque ia entrar um BMW azul. "Achei estranho ligar-me, mas creio que o Bruno não tivesse o número da portaria".

Ricardo Vaz assumiu ter visto que a GNR tinha falado com o grupo que saiu do BMW, ouviu que eles não tinham tido intervenção no ataque e então fez a chamada à portaria, cujo segurança falou depois com Ricardo Gonçalves. "Dias mais tarde vi nas notícias que os ocupantes estavam de facto envolvidos no ataque, falei então com o Ricardo Gonçalves, expliquei porque o fiz e disse-me para não me preocupar".

Na altura do ataque, Ricardo Vaz estava junto ao espaço de estacionamento dos autocarros quando viu "uma data de pessoas encapuzadas a correr". "Com eles ia o diretor de segurança a dizer calma pessoal". Ricardo Vaz diz que depois viu passar cinco pessoas de cara destapada, de entre os quais Fernando Mendes e Aleluia. Só mais tarde percebeu que os jogadores tinham sido agredidos. "Ainda falei com o Bruno Jacinto que me disse que tinha avisado o Ricardo Gonçalves sobre a vinda dos adeptos", disse em tribunal.