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Verdes pedem medidas para garantir quarentena de pessoas sem-abrigo

Sem abrigo junto ao Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa Filipa Bernardo/ Global Imagens

O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) na Assembleia Municipal de Lisboa entregou esta sexta-feira um requerimento no qual questiona a autarquia sobre as medidas previstas para garantir a quarentena de pessoas em situação de sem-abrigo.

No documento, o PEV defende a necessidade de "tomar medidas a nível local em Lisboa para garantir a existência de espaços de isolamento e contenção, onde as pessoas em situação de sem-abrigo possam vir a ser colocadas em quarentena e eventual confinamento obrigatório, caso este venha a ser decretado para toda a população".

Considerando que os sem-abrigo são mais vulneráveis e estão mais expostos a doenças infetocontagiosas, o partido quer saber que procedimentos serão adotados "no imediato" pela Câmara de Lisboa para salvaguardar a sua proteção face à doença Covid-19.

"Os Verdes" questionam também a autarquia, liderada por Fernando Medina (PS), sobre que medidas serão tomadas para "garantir um apoio de urgência a nível de saúde, alojamento, higiene e fornecimento de alimentação, para o universo das pessoas em situação de sem-abrigo, que possam vir a ser colocadas em eventual quarentena e confinamento obrigatório".

Por fim, o PEV pretende saber que locais já foram estudados pelo município para funcionarem como espaços de eventual isolamento e contenção a nível local e acolherem esta população, assim como quais os recursos técnicos e humanos que a acompanharão.

"Como se sabe, estas pessoas que dormem na rua ou num albergue não têm acesso fácil a água, a sabão, a desinfetante ou a um termómetro para medir a temperatura corporal e dependem, em grande parte, da assistência de voluntários de várias instituições públicas e privadas,, que são coordenadas pelo Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA), uma estrutura dependente da Câmara", refere ainda o partido.

De acordo com a Câmara de Lisboa, a cidade tem 361 sem-abrigo a viver na rua e 1967 que não têm casa e vivem em alojamentos temporários.

JN/Agências