Reguengos de Monsaraz

Sobe para oito número de internamentos do surto em Reguengos de Monsaraz

Fachada principal do lar da Fundação Maria Inácia Perdigão Silva, em Reguengos de Monsaraz NUNO VEIGA/LUSA

O número de internamentos no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) relacionados com o surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz subiu para oito na quinta-feira, informou, esta sexta-feira, a câmara municipal.

De acordo com a atualização do boletim epidemiológico divulgada, esta sexta-feira, pela Autoridade Municipal de Proteção Civil, encontravam-se internados, ao final do dia de quinta-feira, seis utentes (eram cinco na quarta-feira) do lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), três dos quais em cuidados intensivos, além de dois casos de infeção comunitária, um deles também em cuidados intensivos.

A subida do número de internamentos deu-se, ainda assim, ao nono dia consecutivo sem registo de qualquer novo caso de infeção na comunidade, o que mantém em 124 o número de casos ativos deste surto, que já provocou 17 vítimas mortais.

Entre os casos ativos há a registar 65 utentes do lar da FMIVPS (15 óbitos), 19 funcionários da instituição (um óbito, seis curados) e 40 casos comunitários (um óbito e 15 curados).

A Autoridade de Saúde Pública considera que o surto está "em resolução", caso não existam novas cadeias de transmissão conhecidas.

Também a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse na quinta-feira que "está controlado" o surto de covid-19 detetado em Reguengos de Monsaraz há quase um mês, em 18 de junho.

"Não tendo havido nenhum novo caso e havendo já casos recuperados, uma estabilidade dos que estão doentes", o surto de Reguengos de Monsaraz, "não estando terminado, está de facto controlado", afirmou a responsável no final de uma reunião, realizada na sede da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, em Évora.

Ainda assim, já hoje o PCP exigiu ao Governo "respostas e esclarecimentos" sobre o surto de covid-19 no concelho de Reguengos de Monsaraz e pediu medidas para "inverter a teoria do medo e instabilidade".

Num comunicado intitulado "Governo precisa dizer o que ainda não foi dito", a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP considerou que "são ainda necessárias respostas, esclarecimentos e medidas que o Governo continua por dar".

Com a situação no lar, o concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto no Alentejo da doença da covid-19 provocada pelo novo coronavírus.

Em Portugal, morreram 1.679 pessoas das 47.765 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

JN/Agências