Ministro das Finanças aponta sinais de recuperação acima do esperado no terceiro trimestre, mas quarto trimestre pode não ser tão bom.
As receitas de IRS em agosto terão crescido 1% face ao mesmo mês do ano passado, num valor corrigido de efeitos extraordinários, avançou esta quinta-feira o ministro das Finanças, João Leão, entrevistado no programa Grande Entrevista da RTP 3. A subida atinge os 7% quando inclui esses efeitos extraordinários.
A subida ocorre no quadro de uma descida de 15% nas receitas fiscais até julho e, segundo João Leão, resulta do regresso das empresas à atividade e fim do lay-off simplificado para a generalidade das empresas. É, segundo o governante, um dos sinais de melhora visíveis em alguns indicadores económicos nos meses mais recentes.
"No terceiro trimestre já assistimos a sinais de recuperação, até acima do que estávamos à espera", afirmou João Leão, apontando a estabilização dos valores de pagamentos multibanco, evolução da atividade na construção e abrandamento das quedas nas exportações.
Apesar destes sinais, o governo não prevê alterações no défice previsto para este ano, 7% do PIB, uma vez que mais à frente, a partir de outubro, antecipa agora piores condições do que antes.