Justiça

Gestor milionário foi morto à pancada em cenário de tortura

Vítima vivia no condomínio Troia Atlantic Villas André Luís Alves/Global Imagens

Empresário Constantino Fernandes dos Santos encontrado no interior da casa amarrado e numa poça de sangue.

As primeiras averiguações da Polícia Judiciária (PJ) sobre a morte do empresário milionário Constantino Fernandes dos Santos, na sua casa, um condomínio de luxo em Troia, Grândola, apontam para que a vítima tenha sido espancada até à morte.

O cenário em que foi encontrado o empresário já deixava antever uma morte violenta. Os primeiros resultados da autópsia ao corpo da vítima permitiram estabelecer que o antigo magnata da construção e imobiliário não foi assassinado nem à facada, nem com arma de fogo. Foi à pancada, num cenário próximo da tortura.

A investigação está agora centrada em perceber por que motivos o empresário foi morto daquela forma. Existem várias possibilidades, como um roubo em que a vítima tenha resistido, ou um ajuste de contas. Recorde-se que Constantino Fernandes dos Santos era conhecido por gostar de jogo em casinos e de exibir dinheiro vivo.

Foi no final do dia de terça-feira que alguns amigos da vítima estranharam a ausência do empresário, com quem tinham combinado um jantar.

Deslocaram-se ao condomínio de luxo Troia Atlantic Villas, no concelho de Grândola, onde a vítima viva.

De acordo com informações recolhidas pelo JN, os amigos perceberam que algo de anormal se passava quando, ao chegarem à vivenda, viram que todos os carros estavam na garagem e as luzes no interior da casa ligadas. Entraram e descobriram vestígios de sangue, pelo que chamaram de imediato a GNR. As autoridades descobriram depois o cadáver estava amarrado e próximo de uma poça de sangue.

Perante um cenário de homicídio, foi chamada a PJ de Setúbal, que recolheu vários vestígios na habitação. A casa apresentava sinais de ter sido remexida, o que reforça a tese do assalto.

Os inspetores tentaram depois reconstituir a agenda de terça-feira do empresário, a fim de perceber com quem esteve nas últimas horas de vida.

Os amigos mais próximos, assim como familiares, também foram ouvidos.

Alexandre Panda