Vila Nova de Famalicão

Famílias ciganas vão ter casas novas em Janeiro

As casas destinadas ao realojamento de cerca de trinta famílias de etnia cigana que residem em barracas junto ao Bairro da Estação, em Vila Nova de Famalicão, deverão estar prontas a habitar em Janeiro de 2010.

"Há todo um conjunto de vistorias necessárias e penso que tudo isto estará concluído em Dezembro", notou o vereador da Habitação na Câmara de Famalicão, Jorge Paulo Oliveira. Segundo o responsável camarário, feitas essas vistorias, poder-se-á avançar para o realojamento das cerca de trinta famílias, que somam aproximadamente 130 pessoas, que moram agora em barracas junto à estação de comboios de Famalicão.

"Tudo estará concluído em Dezembro e, no início de Janeiro, tudo indica que possamos partir para o realojamento. Mas não vou garantir que em Fevereiro já estarão lá todas", afirmou o vereador. As novas habitações, na denominada Urbanização das Bétulas, estão a ser construídas a escassos metros do Bairro da Estação. O empreedimento terá três blocos habitacionais de quatro pisos, com casas que vão de T1 a T4.

O realojamento das famílias será feito em simultâneo, embora possa haver necessidade de ajustes, uma vez que, desde o levantamento até agora, houve alterações. "Há famílias com mais filhos, outras em que um dos elementos já casou e outras em que houve separações", exemplificou Jorge Paulo Oliveira.

As famílias de etnia cigana vivem em barracas, umas feitas de madeira e outras já em tijolo, há mais de 30 anos. A maioria das barracas em que as famílias se vão acomodando não possui divisórias, pelo que quartos e cozinha se confundem naturalmente.

Jorge Paulo Oliveira refere que os serviços de Acção Social da Autarquia estão a desenvolver acções de formação e sensibilização junto daquela comunidade, para lhe transmitir noções de tarefas básicas. "Por exemplo, como utilizar um frigorífico e como limpar alguns materiais", afirma.

Algumas famílias, nota o responsável, não querem participar mas as acções serão "intensificadas" cerca de dois meses antes do realojamento.

A obra de edificação das habitações sofreu um "atraso", quando se verificou que os terrenos "não tinham a solidez necessária para aquele tipo de construção". Daí surgiu a necessidade de serem feitos "estudos geotécnicos" e adoptar soluções, o que provocou, segundo o vereador, um "atraso de cerca de um mês e meio".