A Caritas Diocesana da Guarda mostrou-se hoje disponível para ajudar os "casos mais críticos" de desempregados da fábrica Delphi que tenciona despedir 300 trabalhadores até ao final do ano e 200 no primeiro trimestre de 2010.
"A Caritas vai ter em consideração os casos mais críticos, porque neste momento, também estão a ser feitas diligências pela Segurança Social, para que seja apressado todo o processo [relativo à atribuição de subsídio de desemprego], para que os trabalhadores da Delphi não sejam ainda mais prejudicados", disse à Lusa Emília Andrade, presidente da direcção da Caritas da Guarda.
Segundo a responsável, que falava no final de uma reunião com um dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas de Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra (STIMM), a instituição está disponível para "atender àqueles casos que possam ser mais críticos".
"Estamos sempre abertos a apoiar a comunidade e as pessoas desta cidade que se vêm numa situação complicada", disse Emília Andrade, que solicitou ao dirigente sindical que canalizasse para a instituição os casos que, no futuro, se revelarem mais preocupantes, para poderem ser apoiados "em termos de alimentação, roupa, calçado e outros bens".
O sindicalista do STIMM, José Ambrósio, justificou que decidiu sensibilizar e alertar a Caritas Diocesana da Guarda para a possibilidade de alguns dos futuros desempregados da Delphi necessitarem de apoio "porque haverá famílias que irão passar por graves problemas quando ocorrerem os despedimentos".
"São famílias que estão dependentes só daquele trabalho", disse, salientando que, em relação aos casais, um acordo celebrado em Maio de 2008 com a empresa garante que "só será despedido um dos elementos do casal".