Fafe

Iazalde Lacá Martins: "É o momento para quem quer fazer alguma coisa por Fafe"

Iazalde Lacá Martins ambiciona eleger um vereador Carlos Rui Abreu / JN

Iazalde Lacá Martins encabeça a lista do CDS à Câmara. Quer uma maior proximidade entre eleitos e eleitores e espera chegar ao Executivo.

Advogado, 49 anos, Iazalde Lacá Martins foi o nome escolhido pelo CDS para voltar a apresentar uma candidatura à Câmara de Fafe, depois de há quatro anos ter concorrido em coligação com o PSD. Independente, o candidato do CDS quer protagonizar uma mudança de paradigma nas políticas autárquicas.

O que o motivou a encabeçar a lista do CDS?

Sou muito interessado pelos destinos do concelho. O meu percurso tem sido ligado a diversas instituições com o intuito de ajudar. A política no concelho não tem sido a melhor e é preciso uma mudança de paradigma.

O que é que tem faltado a essa política?

Tudo mas, desde logo, a proximidade, porque não me parece compreensível que um cidadão peça uma audiência ao presidente e não seja recebido ou esteja seis ou sete meses à espera.

Considera que o concelho tem ficado para trás quando comparado com outros congéneres?

Sim. Podemos até comparar com Felgueiras, porque Fafe chegou a ser uma cidade muito mais desenvolvida e começamos a ver os vizinhos a passar-nos a todos os níveis.

Tem a ver com a falta de proatividade das políticas públicas, com a perda da população?

Está tudo interligado. A perda de população é reflexo da perda de investimentos e da não fixação das empresas. Se conseguíssemos fixá-las, atrair investimento, conseguiríamos atrair população e capacidade de trabalho que pudesse dinamizar o concelho.

É um problema grave o facto de os jovens irem estudar para fora e muitos já não regressarem?

Deve ser a principal preocupação de qualquer candidato à Câmara. Depois de se formarem não têm empregos de qualidade que os façam regressar.

Quais são as linhas de força para convencer os fafenses a votarem CDS?

Captação de investimento e apostar em políticas de desporto e juventude, investir em infraestruturas que não temos, diversificar a oferta.

Considera que estas eleições são cruciais pela oportunidade de financiamento que vai surgir através de fundos europeus?

É o momento oportuno para quem quer fazer alguma coisa pelo concelho. Esse dinheiro da "bazuca" viria dar um acréscimo importante para obras necessárias.

A mobilidade é uma aposta fundamental?

Em infraestruturas rodoviárias estamos bem servidos, apesar do valor das portagens que é exorbitante. Iremos pugnar por uma redução significativa. Foi um erro ter deixado de existir ferrovia mas, admito, que não é fácil termos uma nova ligação ferroviária.

O que seria um bom resultado?

Vencer as eleições, mas temos de ser realistas. O PS em Fafe funciona como um polvo. É difícil combater esse polvo e o mínimo seria eleger um vereador.

Melhor

Uma população muito acolhedora, solidária.

A aposta que tem sido feita na divulgação do nosso concelho.

As paisagens naturais.

Pior

Afastamento do Executivo dos cidadãos e a falta de aposta na divulgação da nossa paisagem.

A perda de população devido à falta de atratividade de investimento empresarial.