Cultura

Ainda há verão para a música nacional no Algarve

The Legendary Tigerman atua no dia 26 na rampa do Teatro das Figuras, em Faro, numa noite em que o rock vai viajar no tempo Gonçalo Delgado / Global Imagens

Faro recebe dois festivais em três semanas.

Destaque destaque World Music centro

Diz o provérbio que não há fome que não dê em fartura: a partir de hoje há uma confluência de concertos em Faro, que arranca com o ciclo Figuras à Rampa e se estende até aos primeiros dias de setembro com as Noites F.

O Figuras à Rampa é um ciclo de cinco concertos que "unem na rampa do Teatro das Figuras nomes consagrados da música nacional, com cinco nomes retirados dos 120 participantes do South Music, um mapeamento de bandas de originais que trabalham no Algarve", disse ao JN Paulo Santos, vice-presidente da Autarquia de Faro.

O arranque acontece esta quinta-feira, às 21.30 horas, e o cartaz contempla Galopim, uma dupla de Faro, e a banda/ coletivo de tributo do filme "Variações". Na sexta-feira é a vez dos blues e do folk de Nanook, precedido por Tiago Bettencourt, um "concerto que está praticamente esgotado", refere Paulo Santos.

No dia 21, o multi-instrumentista, intérprete e escritor Neev, que chegou com o tema "Dancing in the stars" à final do Festival da Canção deste ano chega precedido por Infante, um rapper do Algarve.

Na próxima semana, dia 26, The Legendary Tigerman "entrega amor em forma de rock"n"roll". Antes dele acontece o blues e o rock das décadas de 1950, 60 e 70 da banda algarvia The Mirandas.

Os concertos dos Capitão Fausto e a pop, R&B e soul de Catalina, uma artista do Algarve que se lançou a solo após o concurso televisivo do "The voice Portugal" assinalam o fim do ciclo, a 27 de agosto. Os bilhetes custam 10 euros, e uma parte da receita reverte para a Associação Recreativa e Cultural de Músicos, de Faro.

As Noites F são três

Por contingência pandémica, esta que é também a celebração dos 16 anos do Teatro das Figuras acabou por se realizar na última quinzena de agosto, ficando praticamente colado com outro evento musical, as Noites F, que decorrem de 3 e 5 de setembro no Largo da Sé, na Vila Adentro, em Faro. Este evento pretende, ainda segundo Paulo Santos, "celebrar o espírito do Festival F que, pelo segundo ano consecutivo, vê a sua realização adiada". O responsável assegura que apesar da proximidade no calendário os dois eventos são de "natureza distinta".

A 3 de setembro, Pedro Abrunhosa convida a Orquestra Clássica do Sul para revisitar tanto clássicos do calibre de "Não posso +" como material do mais recente álbum de originais, "Espiritual". No dia seguinte a proposta é feita no feminino, com Aurea, Carolina Deslandes, Marisa Liz e Rita Redshoes ao lado da Orquestra de Jazz do Algarve, para uma nova interpretação dos seus repertórios.

A fechar a festa, dia 5, os D.A.M.A. convidam Bárbara Bandeira, Bárbara Tinoco, AGIR, IRMA e Tainá.

As três noites contam também com projetos do saídos da plataforma South Music: Yuca & The Groove Valley na primeira noite, Teresa Aleix na segunda e Fernando Leal na última, sempre às 21.30 horas. Os bilhetes custam 15 euros.

Destaque destaque World Music centro

Festival interMEDio em Loulé

Depois do Loulé Jazz, arranca no dia 23 e segue até 29 de agosto o festival interMEDio, "uma ligação entre o período pré-pandémico e o que se espera que venha a ser o Festival MED quando o Mundo regressar em pleno à normalidade", assegura a organização. O enfoque será, como sempre, a World Music, mas desta feita com apenas dois concertos por noite, num único palco no casco histórico de Loulé. São 14 artistas e nove os países representados. Os destaques recaem sobre os mexicanos Kumbia Boruka (dia 23), a catalã Silvia Perez Cruz (25) e os franco-argelinos Tiwiza (28).