Mundo

Brasil soma 903 mortes e mais de 30 mil casos e mantém tendência de queda

O país iniciará em 15 de setembro a aplicação da terceira dose em idosos com mais de 70 anos e pessoas com baixa imunidade EPA/ANDRE COELHO

O Brasil somou 903 mortes e 30.671 casos de ​​​​​​​covid-19 nas últimas 24 horas, mantendo uma tendência de queda nos indicadores da pandemia, informaram esta quarta-feira fontes oficiais.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil, com 212 milhões de habitantes, totaliza agora 576.645 óbitos e 20.645.537 casos positivos de covid-19 desde o registo oficial da doença em solo brasileiro, em fevereiro de 2020.

A incidência da doença no país é hoje de 274 mortes e 9.824 casos por 100 mil habitantes.

Já segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de investigação médica de referência na América Latina e vinculado ao Ministério da Saúde, o Brasil manteve na última semana a tendência de queda em diversos indicadores da pandemia.

"Após o pico de casos e óbitos, observado de março a maio de 2021, a incidência de Covid-19 vem caindo, acompanhada pela queda de mortalidade. No entanto, a alta taxa de positividade dos testes, somada à disseminação da variante Delta, pode favorecer a formação de um patamar elevado de transmissão por um longo período, ainda que com a redução de óbitos, em função da vacinação", indicou hoje o 'Observatório Covid-19' da Fiocruz.

Ao longo da última semana epidemiológica, contabilizada de 15 a 21 de agosto, foi mantida a tendência de redução do número de óbitos no país, que diminui a uma taxa de 1,5% ao dia. Atualmente, a média é de 770 óbitos por dia.

A média diária situa-se em 30 mil casos confirmados, o que ainda pode ser "considerado um valor preocupante, e vem oscilando ao longo das últimas semanas", alertou a Fundação.

"De qualquer forma, tem prevalecido a redução sustentada da incidência de casos e da mortalidade, como resultado da vacinação. Na última semana, a taxa de letalidade, que se encontrava em torno de 3%, caiu para 2,6%. A vacinação, entretanto, que seguramente reduz os riscos de agravamento da doença, não impede completamente a transmissão do vírus", frisou a entidade.

Já as taxas de ocupação de camas em Unidades de Terapia Intensiva para covid-19 em adultos no sistema público de saúde continuam a apresentar um "cenário geral positivo", sendo Roraima o único estado com número superior a 80%.

O Boletim classificou ainda como "lento" o avanço da vacinação no país, com uma média de um milhão de doses aplicadas por dia. De momento, 56,6 milhões de pessoas já completaram a vacinação e estão imunizadas contra a doença.

O ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, anunciou esta quarta-feira que o país iniciará em 15 de setembro a aplicação da terceira dose de vacinas em idosos com mais de 70 anos e pessoas com baixa imunidade.

Logo após o anúncio, o governador de São Paulo, João Doria, rival político do Presidente, Jair Bolsonaro, informou que o seu estado começará a aplicar as terceiras doses em pessoas com mais de 60 anos a partir de 06 de setembro.

São Paulo é o foco interno da pandemia, ao concentrar 4.229.600 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2 e 144.767 vítimas mortais.

A covid-19 provocou pelo menos 4.451.888 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,1 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em números absolutos, o Brasil, com 212 milhões de habitantes, é o segundo país com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, superado pelos norte-americanos e pela Índia.

JN/Agências