Ainda há vouchers por emitir nas escolas públicas, a pouco mais de uma semana do início das aulas.
Há alunos de cerca de 170 agrupamentos de escolas públicas e de escolas secundárias não agrupadas de todo o país que aguardam pela emissão dos vouchers. A maioria dos estabelecimentos já procedeu à entrega dos documentos. Mas, a pouco mais de uma semana do arranque do ano letivo, contam-se ainda centenas de estudantes sem os vales que lhes permitirão obter os manuais escolares novos e reutilizados.
A demora penaliza, sobretudo, quem ainda terá de comprar livros. Nem sempre estão disponíveis nas livrarias locais e têm de encomendá-los. Com tão pouco tempo para o arranque do ano letivo (o calendário, definido do Governo, prevê o início das aulas entre os dias 14 e 17), arriscam entrar nas salas de aula sem ter os manuais para trabalhar.
A consulta, feita ontem pelo JN, às escolas e aos agrupamentos que já disponibilizaram vouchers na plataforma Mega permite constatar que, por todo o país, sobram casos de atrasos na emissão desses documentos no 1.º Ciclo, onde todos os vales a publicar serão para a aquisição de manuais novos. É o que sucede, por exemplo, nos agrupamentos de Escolas de D. Manuel I, em Tavira (onde ainda há vales por entregar a crianças do 1.º, 2.º, 3.º e 4.º anos de escolaridade), de D. Afonso III, em Faro (com vouchers por disponibilizar nos 1.º, 2.º e 3.º anos) de D. Afonso Henriques, em Santarém, de Penacova ou de Sabugal.
levantar os livros
No entanto, a demora afeta outros anos de escolaridade nos concelhos do Porto, Amadora, Bragança, Paredes, Tabuaço, Meda, Castro Daire, Sintra, Esposende, Guimarães, Sesimbra, Alcanena e Albergaria-a-Velha.
A pesquisa na plataforma Mega mostra que há alunos do 5.º ao 12.º anos à espera dos vales. A título exemplificativo, no Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, no centro do Porto, falta inserir, na plataforma Mega, vouchers de todos os níveis de ensino, desde o 1.º Ciclo ao Secundário.
Quem receber voucher para manuais reutilizados, terá de apresentar o documento no agrupamento, onde será fornecido o conjunto de livros a que terá direito para o próximo ano.
70%
dos manuais escolares serão reutilizados no próximo ano letivo. Só os estudantes do 1.º Ciclo terão todos os livros novos.
Três anos de uso
O Ministério da Educação prevê que um manual escolar possa ser reutilizado por três anos letivos. Findo esse período, serão emitidos vouchers para a aquisição de livros novos.