Margarida Fonseca

#sofia

As vozes de especialistas chegam-me do televisor nesta sexta-feira soalheira mas fria e causam-me arrepios.

Ouço falar de novo de máscara obrigatória, do regresso ao teletrabalho, de uma tendência crescente de casos de covid. Pergunto a mim própria o que terá levado as entidades a achar que estar sem máscaras em bares, discotecas, lojas de rua ou restaurantes já era possível porque a vacina é solução definitiva. Não é. O relato da minha amiga Sofia prova isso. Com duas doses de vacina ficou infetada - não sabe onde - e, mal sentiu o seu corpo estranho, viu a má notícia num teste. Febre alta, dores musculares, falta de ar, coração acelerado levaram-na a ficar no hospital. Depois, confinada. Sofia já não anda num corre-corre, cansa-se, perdeu o olfato. Dá graças por não ter sido pior. Nós também. Mas quando será melhor, Sofia? Quando houver vacinas de bom senso.

Jornalista

Redação