Vila Nova de Famalicão

Deficientes ganham equipamentos

Três lares residenciais, um centro de actividades ocupacionais e um serviço de apoio domiciliário são projectos que foram aprovados, em Vila Nova de Famalicão, na área da deficiência. Os projectos, porém, ainda não satisfazem necessidades.

Os projectos, que ainda não têm contratos assinados, foram aprovados para o concelho no âmbito do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH).

Poderão colmatar algumas lacunas e ajudar famílias, como é o caso da de Carlos, 50 anos, com deficiência mental. Os familiares de Carlos têm dado muito apoio, mas a verdade é que ele precisa de outros cuidados. Por isso, está em lista de espera para ir para um lar residencial. Actualmente, mora com o pai e o facto de ter alguma autonomia leva a que a família receie que um dia possa sair e algo lhe aconteça.

Por isso, decidiram procurar uma instituição. "Cada um de nós tem o seu trabalho e não podemos estar sempre com ele .O meu pai já não tem idade para andar atrás dele", diz Rosa Maria, uma das irmãs de Carlos.

José Marques nunca quis que o filho fosse para uma instituição, mas já percebeu a utilidade da integração do filho. "Ele não tem maldade, mas revelaalgumas atitudes de criança", diz o pai.

O POPH aprovou apoios financeiros para os projectos embora os contratos ainda não estejam assinados. "Temos o levantamento de 30 casos concretos", disse Manuel Joaquim, presidente da direcção do Centro Social de Ribeirão, acrescentando que a área da deficiência já lhes causa "preocupação há muito tempo".

O Centro Social de Landim pretende construir um lar residencial integrado num projecto mais vasto onde está contemplado um lar de idosos, centro de dia e apoio domiciliário. Aguardam o resultado da candidatura das restantes valências.

A Associação Portuguesa de Apoio de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPADCDM) está actualmente a estudar a criação de um terceiro Centro de Actividades Ocupacionais, uma vez que os dois que possui estão cheios. O presidente da instituição, António Melo, diz , contudo, que o contrato de financiamento no âmbito do POPH ainda não está assinado.

Ademar Carvalho, responsável pela Acção Social na Câmara, diz que as "necessidades nunca estão totalmente satisfeitas", mas a criação de lares residenciais vem na sequência da integração que é feita pelos centros de actividades ocupacionais.