Um padre católico renunciou ao cargo que exercia numa diocese do Arizona, nos EUA, depois de descobrir que milhares de batizados que celebrou não são válidos na sequência da troca de uma palavra proferida durante o ritual.
Durante anos, o sacerdote Andrés Arango batizou os paroquianos afirmando: "Nós te batizamos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Todavia, a diocese de Phoenix recordou agora que, à luz das instruções do Vaticano, a fórmula correta é "Eu te batizo".
"Depois de uma cuidadosa análise, ficou determinado que a forma utilizada pelo padre Andrés no sacramento do batismo está incorreta, pelo que todos os batizados que ele realizou até 17 de junho de 2021 são considerados inválidos", detalhou a diocese.
Segundo explicou o bispo de Phoenix, Thomas Olmsted, não é a comunidade que batiza uma pessoa, mas sim Jesus, através dos padres, razão pela qual é necessário usar, especificamente, aquele pronome pessoal.
"Não acredito que o padre Andrés tenha tido intenção de prejudicar os fiéis, privando-os da graça do batismo", acrescentou, explicando que como esse sacramento abre a porta aos restantes, como por exemplo ao crisma ou ao casamento, todos eles se tornam inválidos.
Apesar de ter renunciado ao cargo exercido naquela paróquia, Andrés Arango continua a ser padre e já pediu desculpa aos paroquianos. "Lamento profundamente o meu erro e o inconveniente que as minhas ações tenham causado", afirmou.