Cultura

No Teatro Municipal do Porto, 95 espetáculos para ver de setembro a junho

Rui Moreira e Tiago Guedes na apresentação no Teatro Rivoli André Rolo/Global Imagens

Tiago Guedes apresentou a sua nona e última temporada à frente da instituição portuense.

Uma das marcas de água de Tiago Guedes, diretor cessante do Teatro Municipal do Porto (TMP), Festival Dias da Dança (DDD) e CAMPUS Paulo Cunha e Silva são as coproduções locais, nacionais e internacionais, até na nona e última temporada, que esta terça-feira apresentou com Rui Moreira, autarca do Porto.

Entre as novidades consta uma parceria com o Centro Cultural de Belém, materializada no projeto Pendular, permitindo "a apresentação de jovens artistas do Porto em Lisboa" e vice-versa. As primeiras datas acontecem em março de 2023.

Na temporada que arranca em setembro e segue até junho do ano que vem, o TMP apresentará 95 espetáculos e 160 récitas, 28 dos quais coproduções e 50 de artistas que trabalham a partir do Porto. Haverá também 19 espetáculos com companhias de 15 nacionalidades, detalhou Rui Moreira. A estes números acresce a programação do DDD, de 18 a 30 de abril, e dos festivais parceiros: MICAR - Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista; FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto; FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Iberica; e Trengo - Festival de Circo do Porto.

Temporada farta

A abrir a temporada, a 16 e 17 de setembro, a companhia sul-africana Via Katlehong traz "Via Injabulo", de Marco da Silva Ferreira e Amala Dianor.

Em outubro é a vez de um programa com a companhia madeirense Dançando com a Diferença, coreografado pelo francês François Chaignaud e Tânia Carvalho. Marco da Silva Ferreira regressa este mês com a estreia de "Carcaça".

Novembro traz o projeto lituano vencedor da Bienal de Veneza em 2019, a ópera-performance "Sun & Sea". Haverá também uma semana dedicada ao projeto de Cláudia Dias, "Sete anos, sete peças", que chega ao fim e será apresentado na íntegra. Além do tradicional Foco Famílias, dezembro marca o regresso de (LA)HORDE/ Ballet national de Marseille com "Childs Carvalho Lasseindra Doherty ", quatro coreógrafas de diferentes gerações e geografias.

Janeiro traz a Companhia Nacional de Bailado e celebram-se os 91 anos do Rivoli com "Mystery sonatas/ for Rosa" de Anne Teresa de Keersmaeker, Amandine Beyer/ Rosas, Gli Incogniti. O legado de João Paulo Seara Cardoso será também assinalado com os 35 anos do Teatro de Marionetas do Porto. Fevereiro e março assinalam o regresso de Philippe Quesne / Vivarium Studio com "Farm fatale" e François Chaignaud e Geoffroy Jourdain com "tumulus".

Os catalães El Conde de Torrefiel retornam com "Una imagen interior" em abril. A temporada fecha em julho com a companhia israelita Batsheva, de Ohad Naharin.

Catarina Ferreira