Cultura

Taylor Swift arrecadou três prémios nos Video Music Awards

Video Music Awards AFP

Realizou-se na madrugada de ontem, a 29 de agosto, a cerimónia dos prémios Video Music Awards (VMAS) da MTV. Conhecido por alguns dos momentos mais icónicos na história da indústria da música, o evento prometia drama e intrigas e cumpriu. Taylor Swift arrecadou os prémios principais incluindo um vídeo realizado por si.

Este ano foi Jack Harlow quem inaugurou a noite e o palco, e ainda que com um peso enorme nas suas mãos, a sua performance de "First class" foi tão leve como "viajar nas nuvens". Inicialmente, Harlow cantava vestido de hospedeiro, a bordo de um avião, para uma plateia de passageiros ilustres, mas após romper com o uniforme e fazer se ver uma camisa brilhante, descendeu dos céus para partilhar o palco com Fergie, ainda na mesma canção.

Um grande começo, mas não o suficiente para se apoderar do holofote da noite, que foi conquistado por Taylor Swift. Como o conseguiu? Não foi através de uma atuação, mas sim da partilha de uma notícia que se fez ecoar na cerimónia e nas redes sociais até agora. Após uma de três vitórias - Melhor Vídeo do Ano, Melhor Vídeo Longo e Melhor Realização -, durante um discurso, onde agradecia o reconhecimento e mencionava o facto de "pela primeira vez na história do VMA, quatro realizadores indicadas à categoria de Video do Ano são mulheres", a cantora lançou a bomba de um novo álbum, intitulado de "Midnight", a sair a 21 de outubro.

A noite prosseguiu em grande com a conquista do artista Bad Bunny, que na corrida para "Artista do Ano", onde venceu Drake, Ed Sheeran, Harry Styles, Lil Nas X, Jack Harlow e Lizzo, tornando-se no primeiro músico latino a consegui-lo, e não parece ter um travão.

A cerimónia contou ainda com as atuações estelares dos atuais e passados talentos, como Panic! at the Disco, Måneskin, Marshmello com Khalid e Conan Gray.

Apesar do talento masculino se fazer sentir em palco - com os espetáculos de J Balvin e Red Hot Chili Peppers -, quem dominou a cerimónia foi o género feminino.

A começar com Nicki Minaj, a homenageada deste ano com o Video Vanguard Award, que fez dos VMAs o seu concerto pessoal, através da atuação das suas músicas de maior sucesso, desde a colaboração em "Monster", a "Super Bass", até ao recente êxito "Super Freaky Girl", e a apresentação de mensagens de vídeo de fãs, onde mostrou a razão porque o seu reinado perpetua até hoje.

Mas também, com o grupo feminino de k-pop, Blackpink, que, após uma performance de estreia, marcada por uma poderosa coreografia e um imenso fumo cor-de-rosa, fez o seu nome passar pela boca de muitos. E ainda com Anitta, que além de trazer o funk aos VMAs, fez história, quando ganhou o prémio de "Melhor Video Latino" com "Envolver", tornando-se na primeira cantora brasileira a solo a realizá-lo. "Esta noite toquei aqui um ritmo que por muitos anos no meu país foi considerado um crime (...) então muito obrigado.", dizia a cantora emocionada.

Não obstante, uma das grandes surpresas da noite não foi um nomeado ou um vencedor, nem sequer uma pessoa, foi sim a projeção do rosto de Johnny Depp, que surpreendeu a plateia, com a sua presença, ainda que digitalmente e sob um capacete de astronauta, em que dizia continuar a precisar de trabalho.

Desde o beijo entre a Britney e Madonna, ao roubo de holofotes por Kanye West a Taylor Swift, os VMAs nunca ficaran aquém de um pouco de drama ou da entrega de momentos instigantes, e este ano o evento continua a provar fazer história.

Iara Macedo