O antigo Colégio Camilo Castelo Branco, no centro de Famalicão, adquirido há cerca de sete anos pela Câmara Municipal, continua sem destino definido. Desocupado, o imóvel está a degradar-se e a oposição exige explicações. A Câmara garante que está atenta.
Os deputados municipais eleitos pelo PS Carlos Sousa e Tavares Bastos solicitaram a integração do assunto na agenda da Assembleia Municipal.
"O assunto foi questionado por três deputados em sessões anteriores e nada foi respondido, por isso, na última sessão da Assembleia Municipal, decidimos fazer uso da figura regimental para requerer o agendamento desse assunto", explicou o socialista Carlos Sousa.
Os socialistas pretendem que seja dada "informação" sobre o referido imóvel e que seja analisada "a sua situação actual". Segundo dizem, enquanto havia "portão e muro de suporte o abandono estava tapado e ninguém via, mas, agora, é evidente o desleixo e a incúria da Câmara Municipal".
"Há sete anos foi dito que o imóvel seria para instalar os serviços municipais que estão espalhados, mas nada aconteceu", atirou o PS, acrescentando que, por isso, o presidente da Autarquia deve justificar "a não adopção de medidas de salvaguarda e o que se pretende fazer dali".
Fonte do Gabinete de Apoio à Presidência da Câmara de Famalicão disse que, "neste momento, não está nada decidido" sobre a ocupação a dar ao espaço, acrescentando que a Autarquia está a "trabalhar" no assunto, "até por uma questão de consolidação da malha urbana".
Segundo a mesma fonte, o edifício já esteve destinado para receber o departamento de Urbanismo, mas com a desocupação do antigo tribunal a Autarquia decidiu instalar ali o referido serviço, já que o imóvel possui ligação aos Paços do Concelho.
"A Câmara Municipal de Famalicão tem cuidado do seu património e dos serviços com rigor e em função das necessidades das pessoas", afirmou, ao JN, a mesma fonte.