Justiça

Esquadra da PSP cheia de baldes para amparar água da chuva

São usados baldes para amparar água Foto DR

Uma esquadra do Porto que acolhe dezenas de polícias sofre de infiltrações graves. Há salas que já não são usadas devido à chuva que entra pelo teto e corredores ou escadarias cobertas de baldes para amparar a água que cai de forma abundante. O problema não é novo, mas nenhuma solução foi apresentada.

O edifício em causa está situado entre a Rua de António Carneiro e a Rua do Heroísmo, em pleno centro da cidade portuense, e é a sede da 1.ª Divisão do Comando Metropolitano do Porto da PSP. É também no espaço que já acolheu as instalações da antiga Direção Regional de Educação do Norte que funciona o Núcleo de Disciplina e Deontologia, a Divisão de Investigação Criminal e o Departamento de Informática da PSP do Porto.

Apesar de acolher todos estes serviços, o edifício apresenta muitas lacunas. Já na semana passada, com o regresso da chuva, várias salas ficaram inundadas e pedaços de estuque do teto caíram devido à intensa humidade. Segundo o JN apurou, nada foi feito, nos últimos dias, para resolver a situação e, esta semana, o edifício voltou a meter água.


Um vídeo a que o JN teve acesso mostra salas inundadas, onde a água cai de forma copiosa. Mostra também pedaços de teto no chão e uma escadaria encharcada, apesar de estar coberta com baldes para apanhar o máximo de água possível.

Fontes policiais confirmam, ao JN, que o edifício está bastante degradado, não tem sido alvo de qualquer requalificação e parte dele não tem condições para acolher os polícias que ali trabalham.

Contactado pelo JN, o Ministério da Administração Interna refere tem vindo a acompanhar a situação do edifício da PSP na Rua do Heroísmo, no Porto.

De acordo com a informação prestada pelos Serviços de Proteção Civil da Câmara Municipal do Porto, o edifício não se encontra em risco de derrocada. Verificou-se, no entanto, a existência de infiltrações na cobertura e a necessidade de limpeza das caleiras.

O Governo acrescenta que, no âmbito do Decreto-Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança, está previsto um investimento de cerca de três milhões de euros. Já foi concluído o projeto de execução das obras, o que permitirá lançar a empreitada em 2023.

Para evitar o agravamento das condições do edifício, e logo que as condições atmosféricas o permitam, serão iniciadas as obras de reparação da cobertura, esclarece o Governo.

Roberto Bessa Moreira