Justiça

Empregada de limpeza detida por furtar 137 mil euros em ouro em Penafiel

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Uma empregada de limpeza de 48 anos foi detida em Penafiel pelo furto de várias peças de ouro, avaliadas em 137 mil euros. Presente a juiz, a mulher, que já tinha sido detida em 2005 por burlas e condenada a uma pena de cinco anos de cadeia, foi colocada em prisão domiciliária.

Ao que o JN apurou, a mulher, casada e residente numa freguesia do concelho de Penafiel, começou a trabalhar como empregada de limpeza em várias casas em 2018, pouco depois de ter saído da cadeia. Tinha sido detida em 2005 por crimes de burla e condenada a uma pena de prisão de cinco anos, por vender ações de formação profissional que não existiam e lhe renderam milhares de euros.

Desde então, a mulher trabalhava em várias habitações do concelho de Penafiel, onde prestava serviço de empregada de limpeza. No exercício da sua função e depois de ganhar a confiança dos patrões, na sua maioria pessoas de idade, identificava os locais onde guardavam os seus bens mais valiosos, que mais tarde furtava e vendia em várias lojas de penhores e compras de ouro dos concelhos de Penafiel e Paredes, em muitos dos casos apresentando o seu documento de identificação pessoal. Também vendia peças a pessoas conhecidas, a preços abaixo do valor de mercado.

Ao longo dos anos, a empregada de limpeza terá furtado cerca de 137 mil euros em peças de ouro a cerca de 10 vítimas, que aconselhava a apresentarem queixa às autoridades quando estas davam pela falta dos bens, para afastar de si as suspeitas. Apesar dos furtos, mantinha-se a trabalhar nas casas, onde voltava a roubar algum tempo depois.

Há cerca de meio ano, após queixas apresentadas pelas vítimas, a mulher começou a ser investigada pelo Núcleo de Investigação Criminal e acabou por ser detida esta quarta-feira pela GNR de Penafiel, fora de flagrante delito, na sequência de uma busca domiciliária.

No momento da detenção - para a qual contribuiu o facto de esta vender as peças dando o seu nome verdadeiro no momento de concretizar o negócio -, a mulher tinha em sua casa oito peças de ourivesaria, três caixas com diversas peças de ornamentação em ourivesaria, quatro relógios de pulso, 50 euros em dinheiro e um telemóvel, assim como um extrato de consulta de movimentos bancários, com vários depósitos periódicos na ordem dos milhares de euros.

Presente a juiz de Instrução Criminal para primeiro interrogatório judicial, a mulher foi colocada em prisão domiciliária.

Mónica Ferreira e Roberto Bessa Moreira