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Rússia liberta ex-militar americano preso nove meses

Taylor ​​​​​​​Dudley estava preso junto à fronteira polaca Damien Simonart / AFP

A Rússia libertou, esta quinta-feira, um veterano da Marinha dos Estados Unidos detido durante nove meses num posto de fronteira com a Polónia - anunciou o negociador e ex-político americano Bill Richardson.

Taylor ​​​​​​​Dudley estava preso desde abril de 2022 e era um dos vários americanos detidos que Richardson e as autoridades dos EUA tentavam libertar.

Dudley, de 35 anos, ficou em cativeiro quando atravessava a fronteira entre a Polónia e a Lituânia, para participar num festival de música.

"É significativo que, apesar do ambiente atual entre os nossos dois países, as autoridades russas tenham feito a coisa certa ao libertar Taylor hoje", afirmou Richardson em comunicado.

A libertação ocorreu um mês depois de Washington ter trocado o traficante de armas russo Viktor Bout pela estrela do basquetebol Brittney Griner, que os EUA disseram ter sido detida e presa injustamente por possuir cartuchos de vaporizadores com óleo de canábis.

No caso de Dudley, os governos dos EUA e da Rússia não divulgaram a sua detenção e Washington não disse que o militar foi detido injustamente. Richardson não mencionou nenhuma troca envolvida na sua libertação.

"As negociações e o trabalho para garantir o retorno seguro de Taylor foram feitos discretamente e com envolvimento local em Moscovo e Kaliningrado e com total apoio da família de Taylor nos Estados Unidos", lê-se no comunicado.

"Enquanto comemoramos o regresso seguro de Taylor, continuamos muito preocupados com Paul Whelan e comprometidos em continuar a trabalhar para o seu regresso seguro também", disse Richardson.

Whelan é um ex-fuzileiro naval dos EUA, que foi preso em Moscovo em 2018 e depois condenado por espionagem, a 16 anos de prisão. Os EUA dizem que era um cidadão que visitava Moscovo a título pessoal e exigem a sua libertação.

Os esforços dos EUA para negociar a sua libertação como parte do acordo Griner falharam depois de Moscovo exigir em troca a libertação de um ex-oficial de inteligência russo preso na Alemanha por assassinar um checheno anti-Moscovo em Berlim em 2019.

JN/Agências