O antigo presidente da Câmarade Castelo de Paiva, Antero Gaspar, afirma que a dívida herdada em 1998 por Paulo Teixeira foi de cinco milhões de euros e não 15 milhões como este afirmou, ontem, ao JN. Posições assumidas em reacção à auditoria que eleva para 18 milhões de euros o valor da dívida do município no fim de mandato de Paulo Teixeira.
"De acordo com o relatório da conta de gerência assinado e elaborado pelo próprio Paulo Teixeira a dívida em Dezembro de 1997 [fim de mandato de Joaquim Quintas e não de Antero Gaspar como por lapso o JN referiu] era de cinco milhões", esclareceu.
O ex-presidente precisou, ainda, que no relatório de 1996, também assinado por Paulo Teixeira, "a dívida era de 3,8 milhões de euros". "O aumento grande da dívida registou-se no primeiro ano de mandato de Paulo Teixeira. Passou para 7,6 milhões de euros, um aumento de 50%", acusou.
Obras foram a concurso
Antero Gaspar recusa, ainda, as referências a obras sem concurso. "No meu mandato fui alvo de várias inspecções e como elas próprias comprovaram não foi lançada nenhuma obra sem concurso. Esse é um ponto de honra para mim".
Também a referência as alegadas dívidas e processos judicias que se encontram em tribunal, relativos ao seu mandato, são considerados "uma falsidade". Por último, esclarece que o saneamento financeiro que Paulo Teixeira propôs não foi rejeitado pelo PS mas, adianta, "pelo Tribunal de Contas". "Paulo Teixeira mentiu deliberadamente para tentar atirar areia aos olhos e enganar os paivenses", concluiu.