O primeiro de 10 barcos elétricos para fazer a travessia entre as margens do Tejo, na região de Lisboa, chegará até ao final de março. A informação foi avançada esta quarta-feira por Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática, durante uma audição no Parlamento sobre os problemas verificados na Transtejo/Soflusa.
"Chegará um navio elétrico no primeiro trimestre. Até ao final do mês sairá das Astúrias", especificou, revelando que não irá substituir de imediato qualquer barco, mas sendo aproveitado para testes e formação. "Vamos esperar que haja um grupo de quatro navios até ao final do ano para substituir um", concretamente no Seixal.
O investimento nas embarcações elétricas e postos de carregamento ascende a 85 milhões de euros.
Este ano também se está a proceder à recuperação de embarcações que estão em estaleiro. Até ao final deste mês, por exemplo, deverão estar recuperados dois barcos e o sinistrado Gil Vicente, que foi abalroado em janeiro, voltará ao serviço em abril. Também estão a ser contratados mais funcionários.
Em 2022 houve uma supressão de 9% das ligações previstas na Transtejo e de 8% na Soflusa, cancelamentos que se deveram sobretudo a "avarias e greves", adiantou Duarte Cordeiro. No ano passado a Transtejo/Soflusa "transportou cerca de 16 milhões de passageiros", um aumento de 48% face ao ano anterior, mas de menos 18% em relação a 2019 e de menos 11% em relação a 2018. Ou seja, há ainda um "caminho longo" de recuperação, admitiu o ministro, reconhecendo que a "incerteza prejudica a procura".