Mundo

Ministério da Defesa da Roménia diz que míssil russo não entrou no território do país

Dois caças MiG-21 da Força Aérea romena foram enviados para a zona norte Money SHARMA / AFP

O ministério da Defesa romeno disse esta sexta-feira que os seus radares detetaram um míssil russo, mas que não percorreu "durante um único momento" o espaço aéreo do país.

"O sistema de vigilância aérea detetou em 10 de fevereiro um alvo aéreo lançado desde o mar Negro a partir de um navio russo perto da península da Crimeia - muito provavelmente um míssil de cruzeiro, que atravessou o espaço aéreo da Ucrânia e da República da Moldávia e reentrou no espaço aéreo ucraniano sem que tivesse percorrido qualquer espaço aéreo romeno", indicou o ministério da Defesa em comunicado, citado pela agência noticiosa russa TASS.

O ministério precisou o ponto onde a trajetória do míssil esteve mais perto do espaço aéreo romeno, ao assinalar que os sistemas de radares o detetaram a cerca de 35 quilómetros a nordeste da fronteira.

"Às 10.38 [hora local], dois caças MiG-21 da Força Aérea romena foram enviados para a zona norte da Roménia com o objetivo de responderem a eventuais necessidades. Cerca de dois minutos depois, a situação ficou esclarecida e os dois aviões retomaram a sua missão original", explicou o ministério da Defesa.

"A Força Aérea romena, em colaboração com as forças aliadas, monitoriza permanentemente o espaço aéreo nacional e zona adjacente".

Previamente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha referido que mísseis russos enviados contra a Ucrânia atravessaram o espaço aéreo da Moldova e da Roménia e constituíam um "desafio para a NATO".

Numa mensagem de vídeo gravada no seu regresso à Ucrânia após a passagem por vários países europeus, Zelensky garantiu que a Rússia lançou hoje pelo menos 70 mísseis contra solo ucraniano, que provocaram inúmeras baixas civis.

O comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, também denunciou que mísseis russos Kalibr cruzaram e violaram o espaço aéreo da Moldova e da Roménia, país membro da NATO.

JN/Agências