Nacional

Sindicatos dos professores vão recorrer aos tribunais contra serviços mínimos

Mário Nogueira, da Fenprof

Nove organizações sindicais vão entrar com ações em tribunal contra os serviços mínimos decretados para as greves de 2 e 3 de março, considerando que a decisão do Colégio Arbitral é uma ilegalidade.

"Não se percebe como o Ministério da Educação desiste dos serviços mínimos e mesmo assim o Colégio Arbitral reúne e determina esses serviços", lamenta o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira.

Na terça-feira serão intentadas intimações sobre proteção de direitos, liberdades e garantias e providências cautelares para travar os serviços mínimos decretados.

Mário Nogueira afirma estranhar a decisão, uma vez que "afeta atividades que não são passíveis de serviços mínimos e obrigam a um mínimo de três horas de aulas por parte dos professores". Se a decisão não for revertida pelos tribunais, Mário Nogueira exorta os professores a darem só três horas de aulas e, em cada escola, a organizar manifestações à porta, bem como a usar um autocolante com a frase "Em greve, mas em cumprimento dos serviços mínimos".

Manifestações alteradas

As greves decretadas pelas nove organizações estão marcadas para 2 de março (de Coimbra para Norte) e no dia seguinte de Leiria para Sul. Para esses dias estavam marcadas manifestações no Porto e Lisboa, respetivamente, tendo estas sido alteradas.

"A manifestação do Porto passou para 4 de março e a de Lisboa para dia 11", revela Mário Nogueira.

João Pedro Campos