Braga

Câmara de Braga toma posse de 26 sepulturas abandonadas

Cemitério de Monte d'Arcos vai expandir-se para dois terrenos anexos José Carmo/Global Imagens

A Câmara de Braga debate e vota esta segunda-feira uma proposta da vereadora Olga Pereira para que seja declarada a prescrição da concessão de 26 jazigos e sepulturas no cemitério citadino de Monte D"Arcos, por estarem abandonadas.

A listagem anexa ao pedido de declaração de caducidade das concessões, cuja titularidade não foi reivindicada, inclui cinco sepulturas com mais de um século - quatro delas dos finais do século XIX e uma de 1911.

O elenco inicial incluía mais três sepulturas, mas, no prazo de 60 dias após os anúncios publicados em 2022 em dois jornais - e no próprio site do Município - apareceram familiares das pessoas ali sepultadas, que provaram que continuam a delas tratar.

Entretanto, e como o JN reportou, a Câmara vai alargar, em sede de revisão do PDM, a área do cemitério, expandindo-se para terrenos anexos, onde caberá, pelo menos, uma centena de novas campas.

Olga Pereira, que tutela os Equipamentos Municipais, adiantou que há dois terrenos possíveis para expansão, estando o estudo a ser feito pelos serviços técnicos, em conjugação com a equipa da Divisão de Urbanismo que está a rever o PDM-Plano Diretor Municipal.

Entretanto, a empresa que explora o tanatório no cemitério de Braga pediu ao município autorização para aumentar em 8,03%, em média, - valor correspondente ao da inflação em 2002 - os preços para 2023.

Assim, o custo da cremação de um cadáver não-inumado passa de 240 para 265, 2 euros, mantendo-se os da cremação de "feto ou nado-morto" (120 euros) e do "cadáver não-exumado" (240 euros).

A proposta da Ambinecro Braga - Crematórios, S.A - que tem a concessão por ter vencido, em 2013, o concurso de "Conceção, construção e concessão de exploração do Tanatório de Braga" -, vai ser também debatida e votada, na reunião do Executivo municipal.

A iniciativa prevê, ainda, que a queima de uma ossada (com marcação) aumente seis euros de 125 para 132,6 euros, enquanto que a mesma operação, mas sem marcação, se mantém ao preço de 75 euros. Já o custo da música na sala de despedida (cerimónia) passa de dez para 10,61 euros.

Luís Moreira