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Guterres defende "paz justa" para a Ucrânia

Guterres com Zelensky em Kiev Sergei SUPINSKY / AFP

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reuniu-se em Kiev com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para "procurar soluções" que permitam alcançar uma "paz justa" para o conflito que dura há um ano.

"A soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia devem ser mantidas dentro das suas fronteiras reconhecidas internacionalmente", disse Guterres no início da reunião.

"O nosso objetivo final é igualmente claro, uma paz justa baseada na Carta das Nações Unidas, no direito internacional e na recente resolução da Assembleia Geral", acrescentou o secretário-geral da ONU.

Guterres destacou que até que seja possível atingir esse objetivo, a ONU continuará os seus esforços para mitigar o impacto do conflito tanto para a população ucraniana como para o resto do mundo.

O líder das Nações Unidas aproveitou para lembrar que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tem estado mobilizada para salvaguardar a segurança das centrais nucleares da Ucrânia, incluindo Zaporíjia, a maior da Europa.

O secretário-geral da ONU defendeu que é possível negociar para conseguir a desmilitarização completa da área destas centrais, bem como o seu regresso ao funcionamento normal, oferecendo-se para mediar essas negociações.

Zelensky usou a sua conta na rede social Telegram para divulgar imagens da receção ao secretário-geral da ONU, referindo-se à importância da visita.

"É muito importante conversarmos em Kiev sobre como restaurar a paz, a segurança internacional e a plena vigência da Carta da ONU, normas que são igualmente importantes para todas as nações do planeta", escreveu o presidente ucraniano.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

JN/Agências