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ONU apela à paz na Síria após 12 anos de guerra

Síria devastada pela guerra foi abalada por forte sismo no início de fevereiro OZAN KOSE / AFP

O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, assinalou esta quarta-feira o 12.º ano do início da guerra civil naquele país, apelando a todas as partes que realizem mais esforços pela paz.

A continuidade da guerra na Síria "desafia a humanidade e a lógica", sublinha Geir Pedersen.

"As dificuldades experimentadas para responder aos recentes terramotos catastróficos lembraram-nos que o atual estado é insustentável e indefensável", afirmou o diplomata norueguês num comunicado.

"À medida que a guerra entra no seu décimo terceiro ano, é com profunda tristeza que lembramos as incontáveis vidas perdidas, bem como os abusos e o sofrimento que atingem milhões, não apenas os deslocados, mas também os milhares que permanecem arbitrariamente detidos ou estão desaparecidos", declarou o responsável da ONU.

Acrescenta que "a Síria está devastada, dividida e empobrecida, com a sua soberania, independência e integridade territorial comprometidas".

"Sem uma solução política completa, que resolva todos os problemas, a dor do país vai continuar", sublinhou.

A guerra civil começou em 15 de março de 2011, quando as manifestações em Aleppo e Damasco que pediam democracia, no âmbito dos protestos ocorridos no Médio Oriente e no Magrebe durante a "Primavera Árabe", foram reprimidas violentamente pelas forças de segurança.

O conflito já provocou entre 300 mil e 600 mil mortos, segundo diferentes fontes, e cerca de 13 milhões de deslocados, incluindo 6,7 milhões de refugiados em outros países

JN/Agências