Victor Espadinha

As "touradas" continuam, olé!

Confesso que, ultimamente, ganhei três "odiozinhos de estimação". Como não sou de ódios, vou ter que consultar um psicólogo para ver se me curo.

Um deles é a eutanásia, pois nenhum ser humano tem o direito de matar outro, ainda por cima quando todos sabemos que existem curas repentinas que a ciência não tem explicação. O segundo ódio é a perseguição ao pobre do fumador (eu já deixei há muitos anos). Só falta a licença para o isqueiro, com o SIS à procura dela (em vez do computador), e voltámos ao tempo do beato do Salazar. Já faltou mais. O meu terceiro "odiozinho" é o único que interessa para esta crónica: a arbitragem portuguesa. Está-se a tornar quase impossível assistir a um jogo de futebol. Arbitragens matreiras, manhosas, suspeitas e sobretudo de uma incompetência de bradar aos céus. Muitas vezes, anedóticas. No Sporting-Marítimo, um penálti maior do que a estupidez do árbitro e, pior ainda, o cromo do apito a ignorar o elemento da própria equipa, de bandeirola no ar, assinalando uma falta sobre Nuno Santos, falta quase tão grande como a incompetência do árbitro. E, pior de tudo, o segundo amarelo a Adán, que mais não fez do que estar a gritar que o juiz de linha tinha marcado a falta. Pior do que isto, só as tascas estarem proibidas de vender cigarros (mais uma ajudinha aos traficantes de droga).

Sobre o F.C. Porto-Casa Pia, mais uma "tourada". E olé! De repente vejo um toldo a bailar no ar. Pensei tratar-se de uma tempestade tropical. Não era. Era o Sérgio Conceição ao molho, no meio de um cacho de gente. Talvez à porrada para cobrar uma dívida, pois já tinha feito o gesto com as mãos "paga o que deves!". O meu obrigado do coração ao banco dos dragões pela barrigada de riso que me oferece todas as semanas! Que continue a "tourada". Olé!

A subir
O segundo amarelo a Adán! Um enorme passo para Fernando Gomes, da FPF, começar a pensar numa arbitragem independente, e copiar a Premier League.

A descer
A arbitragem portuguesa! Nem Boris Karloff conseguiria melhor: Um filme de autêntico terror!

(O autor escreve segundo a antiga ortografia)

*Adepto do Sporting

Victor Espadinha