Mundo

Cheias em Kakhovka não são "perigo imediato" para a central de Zaporíjia

Destruição da barragem de hidroelétrica de Kakhovka Maxar Technologies / AFP

A central nuclear de Zaporíjia não enfrenta "perigo imediato" na sequência das cheias provocadas pela destruição parcial da barragem hidroelétrica de Kakhovka no rio Dnipro, disse a Agência Internacional de Energia Atómica citada pela AFP.

"Não há perigo nuclear imediato", disse a agência das Nações Unidas referindo-se aos eventuais efeitos da destruição da barragem no rio Dnipro.

A zona da barragem de Kakhovka está ocupada pelas forças da Rússia que já acusaram Kiev de ataque contra a infraestrutura provocando as inundações.

Por outro lado, Oleksandre Prokoudine, da Administração Militar ucraniana de Kherson, leste da Ucrânia, disse que várias localidades foram "completamente ou parcialmente" inundadas após a "destruição da barragem de Kakhovka pela Rússia".

Segundo a mensagem que difundiu através das redes sociais, Prokoudine afirma que "16 mil pessoas vivem na zona crítica" e que muitas localidades já começaram a ser evacuadas.

A Presidência ucraniana acusou a Rússia de ter destruído deliberadamente durante a noite a barragem hidroelétrica de Kakhovka com o objetivo de provocar inundações e desta forma "travar" a ofensiva militar das forças da Ucrânia.

"O objetivo dos terroristas é evidente: criar obstáculos às ações ofensivas das Forças Armadas da Ucrânia", disse o conselheiro do chefe de Estado ucraniano, Mikhailo Podoliak, numa declaração dirigida aos jornalistas em Kiev.

A situação no local ainda não foi verificada por entidades independentes.

JN/Agências