Braga

Funcionários de limpeza em greve na UMinho por falta de pagamento

Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens

Os funcionários da empresa que faz a limpeza dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) vão estar em greve, durante esta quinta-feira, tendo também agendado uma concentração junto a uma das entradas da universidade ao longo da manhã.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Doméstica e Atividades Diversas (STAD) refere que os trabalhadores "continuam sem receber metade do mês de dezembro e o subsídio de Natal de 2022".

Tal como o JN noticiou em abril, quando a situação foi denunciada, em causa está o facto de a empresa que fazia a limpeza nos SASUM ter sido "afastada" no dia 5 de dezembro de 2022, tendo sido substituída por outra, que iniciou funções no dia 19 do mesmo mês.

Nesse intervalo, segundo o STAD, as instalações continuaram a ser "devidamente limpas", "mas ninguém paga os respetivos salários destes dias e o subsídio de Natal, pois a primeira empresa já não estava ao serviço e a outra ainda não tinha começado".

"O STAD fez tudo para resolver o problema, mas os SASUM não mostraram vontade de o fazer, tentando responsabilizar as empresas", acusa o sindicato, para quem "é indiferente quem paga". "Os trabalhadores têm que receber", vinca.

Por isso, além de convocar uma "jornada de luta", o STAD anunciou que vai "avançar com um processo em tribunal" contra as duas empresas prestadoras de serviço de limpeza e os SASUM, para que "os direitos dos trabalhadores sejam respeitados".

Contactada pelo JN, a Universidade do Minho remeteu para as declarações feitas em abril, em que refere que o pagamento dos ordenados cabe às empresas contratadas para a prestação de serviços.

"Entendemos que estamos a agir em conformidade com a ordem legal e que o ónus do pagamento dos valores que estão em dívida às trabalhadoras compete sempre às empresas envolvidas na transmissão de atividade", considera a UMinho.

Ricardo Reis Costa