As parcerias público-privadas custarão ao Estado 841 milhões de euros em 2011. Só as concessões da Estradas de Portugal vão pesar mais de metade desse valor. O Governo promete abrandar investimento, mas insiste no avanço do novo aeroporto e TGV.
841,9 milhões de euros. É quanto vão pesar as parcerias público--privadas nas contas do Estado no próximo ano. De acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE), os encargos líquidos com as parcerias público-privadas(PPP) vão custar pouco menos do que os 869 milhões que serão precisos até ao final de 2010.
Este ano, a factura a pagar pela Estradas de Portugal é de 630,3 milhões de euros. Para 2011, o peso das concessões rodoviárias vai baixar para 470,3 milhões, menos 34% face ao valor de 2010, mas mesmo assim mais de metade do total de encargos. Os restantes 371,6 milhões vão para as parcerias nas áreas da ferrovia, saúde e segurança. As concessões rodoviárias representam 94,1 milhões de euros em 2011, a parceria com maior crescimento (em 2010 absorveu 15 milhões). Na Saúde, as PPP terão custos agravados, de 175,5 para 232,2 milhões . Já os encargos na Saúde vão reduzir de 48,3 para 45,3 milhões.
O Governo prevê "maior selectividade e menor cadência no lançamento de projectos", mas insiste em concursos de "importância estratégica para o país". Destaque para os investimentos na Saúde, "como o Hospital Lisboa Oriental e o Hospital Central do Algarve". Nas obras públicas, insiste em avançar com projectos do novo aeroporto de Lisboa e do TGV.