O investimento de cerca de 150 milhões de euros, com criação de dois mil postos de trabalho, numa fábrica do setor eólico no concelho de Viana do Castelo, anunciado em 2022 pela câmara local, continua sem se concretizar.
Em resposta a uma questão colocada sobre o projeto pelo vereador da oposição Paulo Vale (PSD), na reunião do executivo municipal desta segunda-feira, o autarca Luis Nobre (PS) deixou o assunto sem uma resposta concreta. Adiantou, contudo, que a área com 29,3 hectares, na freguesia de Vila Nova de Anha, que foi alvo de suspensão parcial do Plano Diretor Municipal, para instalação de uma unidade de produção de pás de rotor para turbinas eólicas da Nordex Acciona, será convertida em zona industrial, independentemente do investimento não se concretizar. Indicou que a mesma será contemplada no âmbito da revisão do PDM, cuja conclusão se espera para o primeiro semestre de 2026.
Recorde-se que Luis Nobre anunciou publicamente, em dezembro de 2022, o investimento naquele município da Nordex Acciona, com previsão de concretização e entrada em laboração em junho de 2024. Uma unidade que previa "um volume anual de exportações de 200 milhões de euros" e a criação de dois mil novos postos de trabalho.
Nesse mesmo ano, a autarquia avançou com a suspensão parcial do PDM, da referida área, situada a sul da Ribeira de Anha e a nascente do acesso ao porto de mar (antiga EN 13-3).
Desde aí, o município aguarda uma decisão por parte do investidor, que fez prospeção no território e terá chegado a encetar negociações. Segundo o autarca, a Nordex Acciona recuou, em termos de prazos, mas terá continuado a manifestar que, a investir na Europa, seria em Viana do Castelo.