Clube dos arredores de Buenos Aires sagrou-se campeão argentino pela primeira vez, contra todas as expectativas. Adeptos fizeram festa de arromba após vitória inesperada na final com o Huracán.
O torneio de abertura do campeonato argentino teve um epílogo surpreendente no domingo passado, quando o Platense derrotou o Huracán na final (1-0) e ofereceu aos “hinchas” o primeiro título num clube com 120 anos de história. Quatro épocas depois de ter regressado ao escalão principal do país campeão do Mundo, a equipa culminou uma campanha vitoriosa que incluiu triunfos inesperados sobre Racing Avellaneda nos oitavos de final, sobre o River Plate nos “quartos” e sobre o San Lorenzo nas meias-finais.
Nem o mais otimista dos adeptos do “Marrón” (alcunha do clube que alude à cor do equipamento) poderia imaginar tão saboroso desfecho, sobretudo depois do sexto lugar obtido no Grupo B da primeira fase, com apenas 23 pontos somados em 16 jogos. Nas rondas a eliminar, o Platense superou todas as expectativas e frustrou o favorito Huracán numa final em campo neutro decidida com um golo do extremo Guido Mainero, durante a segunda parte.
Dupla de obreiros
Com a particularidade de, desde o final de fevereiro, ter no banco dois treinadores em simultâneo (Favio Orsi e Sergio Gómez), a equipa dos arredores de Buenos Aires fez história e tornou-se o 29.º campeão diferente no futebol argentino, numa lista que continua a ter no topo os dois clubes mais famosos do país das Pampas, os rivais River Plate (37 títulos) e Boca Juniors (35).
“Estamos realmente orgulhosos. Essa é a palavra. Temos orgulho do caminho que fizemos e de termos podido dar aos adeptos um título com que todos sonhávamos, Também estamos orgulhosos do plantel que dirigimos. No final, o mais importante são sempre os jogadores. Tivemos um grupo à altura das circunstâncias, com ânimo para competir sempre”, afirmou Orsi.
“Quando começámos era uma utopia, mas, à medida que os jogos foram passando, os adeptos deixaram de pensar que ganhar o torneio seria impossível. Tivemos um grupo de jogadores, dirigentes e equipa técnica que tornaram tudo muito mais fácil”, corroborou Sergio Gómez, sublinhando a importância de o Platense ter conseguido, não só o título, mas também o inédito acesso a uma competição internacional.
Essa é mesmo a cereja no topo do bolo: em 2026, o Platense lá estará entre as melhores equipas da América do Sul, a disputar a Copa Libertadores.