Um piloto ficou inconsciente a bordo de um voo da Lufthansa que fazia a ligação entre Frankfurt, na Alemanha, e Sevilha, em Espanha, deixando o avião no ar sem ninguém ao comando.
Cerca de 200 passageiros e seis elementos da tripulação viveram momentos atribulados no ar. O caso aconteceu em fevereiro do ano passado, mas só foi divulgado esta semana pela Comissão Espanhola de Investigação de Acidentes de Aviação Civil (CIAIAC).
O Airbus A321, que fazia o voo de ligação entre Frankfurt, na Alemanha, e Sevilha, em Espanha, ficou sem piloto durante dez minutos. O comandante, de 43 anos, ausentou-se do posto que ocupava durante esse período para ir à casa de banho, pelo que foi o copiloto, de 38 anos, a assegurar o controlo da aeronave, a 30 minutos do fim do voo. Durante a ausência do superior, o copiloto perdeu os sentidos e acabou por desmaiar.
Ao regressar, à quinta tentativa de aceder à cabine, o comandante viu-se obrigado a acionar o código de emergência, mas foi surpreendido pelo colega que tinha acordado e conseguido abrir a porta.
“Como o copiloto estava pálido, a suar e a mexer-se de forma estranha, o comandante pediu ajuda à tripulação da cabine. O copiloto recebeu os primeiros socorros da tripulação e de um médico, que viajava como passageiro e diagnosticou um possível problema cardíaco”, lê-se no relatório.
O voo prosseguiu de forma estável graças à função de piloto automático.
Perante a ocorrência, o comandante mudou o rumo da viagem e aterrou de emergência em Madrid, para que o copiloto pudesse ser assistido no hospital, tendo sido diagnosticado com “incapacidade súbita e grave” relacionada com um problema neurológico.