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Rússia rejeita conclusões sobre a queda do voo MH17 sobre a Ucrânia em 2014

Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência russa Foto: Anton Vaganov / AFP

A Presidência da Rússia considerou tendenciosas as conclusões do relatório da agência da ONU para a aviação civil que apontou Moscovo como responsável pela queda do voo MH17, abatido em 2014 sobre a Ucrânia.

A equipa de investigadores internacionais da Holanda, Austrália, Malásia, Bélgica e Ucrânia já tinha concluído em 2023 que havia "fortes indícios" de que o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha aprovado o fornecimento do míssil que derrubou o avião.

Num comunicado difundido na segunda-feira, a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) acusou a Federação Russa de não ter cumprido as obrigações ao abrigo do direito aéreo internacional durante a destruição do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014.

O incidente provocou a morte dos 298 passageiros e tripulantes.

Esta terça-feira, Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência russa, disse que a Rússia não participou no inquérito sobre o incidente e que, por isso, não aceita conclusões tendenciosas. 

Em 17 de julho de 2014, o Boeing 777, que voava de Amesterdão para Kuala Lumpur, na Malásia, foi abatido por um míssil terra-ar BUK de fabrico russo sobre território controlado pelos separatistas pró-russos da região de Donetsk, no leste da Ucrânia.

Entre as vítimas mortais do derrube do aparelho encontravam-se 196 cidadãos dos Países Baixos, 43 da Malásia e 38 da Austrália.

Em 2022, um tribunal holandês condenou três homens à revelia a prisão perpétua por assassínio e por terem participado na destruição do avião.

JN/Agências