Há peregrinos a serem vítimas de especulação por falsos motoristas TVDE. O esquema está a ser implementado no aeroporto e junto aos interfaces de transportes públicos de Lisboa. Há também peregrinos impedidos de se alimentar, após burlões terem tido acesso às credenciais cedidas pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O alerta é feito pela PSP, depois ter recebido várias denúncias relativamente a dois esquemas criminosos, criados para aproveitar o movimento gerado pelo evento, que começou ontem. Num deles, explica a Polícia, condutores não credenciados estacionam as suas viaturas junto ao aeroporto ou às paragens dos autocarros ou metro e, fazendo-se passar por motoristas TVDE, abordam os peregrinos com o pretexto de estarem ao serviço da JMJ.
Referem, inclusive, que as viaturas que conduzem estão dedicadas exclusivamente ao evento, mas, no final da viagem, “ cobram quantias avultadas pelas deslocações, na ordem das centenas de euros”.
A PSP esclarece que este esquema “constitui a prática do crime de especulação” e informa “todos os cidadãos que se deslocam à Área Metropolitana de Lisboa, para participar na JMJ, que não existem transportes dedicados à Jornada para além daqueles que tenham sido pré-estabelecidos com a organização”.
Refeições à borla
A PSP também já identificou um outro esquema de burla, relacionado com a utilização abusiva dos QR Codes das credenciais distribuídas no âmbito da JMJ. Neste caso, “os suspeitos tiram fotografias das credenciais e depois utilizam os QR Codes para terem acesso às refeições da rede de restauração dedicada à Jornada, impossibilitando o titular da credencial de usufruir da refeição a que tinha direito”.
Para evitar situações similares, a PSP apela a que os peregrinos e voluntários não se deixem fotografar por estranhos com as credenciais expostas, nem publiquem imagens das mesmas nas redes sociais.