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Lula-colossal filmada pela primeira vez no mar profundo

Espécime jovem da lula-colossal foi filmado pelo primeira vez no au profundo Foto: ROV SuBastian / Schmidt Ocean Institute

A primeira observação viva da lula-colossal, "Mesonychoteuthis hamiltoni", em profundidade no seu habitat natural, foi divulgada hoje pelo instituto Schmidt Ocean, num registo inédito desta espécie conhecida somente por exemplares mortos e parcialmente digeridos por predadores.

Um espécime jovem deste cefalópode foi filmado por uma câmara a bordo de um submersível robótico, perto das Ilhas Sandwich do Sul, no Atlântico Sul, a uma profundidade de cerca de 600 metros durante uma descida num mergulho para descobrir novas espécies marinhas.

"Mesonychoteuthis hamiltoni" foi formalmente descrito e nomeado há 100 anos, em 1925, a partir de dois espécimes parciais encontrados no estômago de um cachalote perto das Ilhas Shetland do Sul, não existindo até agora imagens da lula colossal viva.

Aves marinhas, mamíferos marinhos e peixes alimentam-se de lulas colossais juvenis.

Os predadores conhecidos da espécie são os cachalotes e tubarões-dorminhocos, embora restos de adultos grandes também tenham sido encontrados no estômago de peixes-marlonga.

Os especialistas acreditam que a lula colossal pode atingir comprimentos de seis a sete metros e pesar mais de 500 quilos, o que a torna o invertebrado mais pesado conhecido.

Pouco se sabe sobre o ciclo de vida da lula-colossal, além de que com o tempo perde a transparência dos juvenis.

Pescadores já tinham filmado adultos a morrer, mas nunca tinham sido observados vivos em profundidade, declarou o instituto Schmidt Ocean.

JN/Agências