Desporto

Caso de racismo em jogo de juvenis gera processo

André foi confortado pelos colegas, depois de ter sido, alegadamente, visado por um elemento do staff do Câmara de Lobos Facebook

A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) instaurou um processo para averiguar os alegados insultos racistas que aconteceram na Madeira a um jovem jogador do Marítimo, de 15 anos, no decorrer do encontro entre o Câmara de Lobos e o Marítimo B.

"Face à notícia difundida nos órgãos de comunicação social relativamente a alegados insultos de teor racista, dirigidas ao jogador do CS Marítimo André de 15 anos (...) a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) instaurou um processo de contraordenação para apuramento dos factos", pode ler-se no comunicado publicado pela APVCD. 

O encontro da quinta jornada do Campeonato da Madeira de juvenis, entre Câmara de Lobos e Marítimo B (2-1), que teve lugar no passado domingo, ficou marcado por alegados insultos racistas a André Silva, jogador do Marítimo, perpetuados por um elemento ligado ao staff do Câmara de Lobos, terminando com o jovem atleta a abandonar o relvado em lágrimas e amparado pelos colegas.

O emblema verde rubro recorreu ao sítio oficial para repudiar os "comportamentos abjetos", sublinhando que espera "consequências exemplares".

"Comportamentos e atitudes racistas são totalmente inaceitáveis, independentemente do contexto. O Club Sport Marítimo tem a certeza de que episódios semelhantes não refletem o nobre espírito da instituição para a qual trabalha o cidadão que injuriou e tentou humilhar o André", adiantaram ainda os madeirenses, na mesma nota.

Redação