Justiça

Áudios e vídeos são novas provas contra detidos da Operação Pretoriano. Madureira recusa dar código

Detidos, alguns dos quais elementos dos Super Dragões, são suspeitos de agressões Foto: Carlos Carneiro/Global imagens

As novas provas encontradas nos telemóveis de quatro arguidos da Operação Pretoriano, alguns dos quais elementos dos Super Dragões, foram associadas ao processo e os advogados de defesa estão a analisá-las. O interrogatório de Vítor Oliveira "Aleixo" já começou e é possível que Madureira ainda seja ouvido este sábado.

Mensagens, vídeos e registos áudio da plataforma encriptada WhatsApp que os arguidos trocaram entre si fortalecem a tese do Ministério Público (MP), que não acrescentou novas imputações aos arguidos. De acordo com a investigação, os arguidos planearam criar um clima de intimidação na assembleia-geral extraordinária de 13 de novembro, para tentarem calar as vozes da oposição interna e garantir que os novos estatutos fossem aprovados.

O JN sabe que o telemóvel de Fernando Madureira não está entre os equipamentos que o Ministério Público já conseguiu analisar. O líder da claque Super Dragões recusou dar os códigos de acesso ao equipamento, pelo que a investigação tem agora de recorrer a serviços especializados para desbloquear o telemóvel e assim ter acesso ao seu conteúdo.

Neste processo, Fernando Madureira e os restantes onze arguidos estão indiciados pelos crimes de ofensas à integridade física, coação agravada e ameaça, além de instigação pública a um crime, arremesso de objeto e atentado à liberdade de informação.

Alexandre Panda