Gondomar

Posto da GNR de Fânzeres vai custar 10 800 euros por mês ao ministério

Reconversão de escola em posto da GNR ficou pronta em julho de 2022 Rui Oliveira/Global Imagens

Um ano depois da obra do novo posto de Fânzeres ficar concluída, o Município de Gondomar prepara-se para assinar com a GNR o contrato de arrendamento do antigo edifício da Escola da Bela Vista, na Rua de Santa Eulália.

Durante um prazo de oito anos e cinco meses, com início a partir deste sábado, a Câmara passa a receber por mês uma renda de dez mil e oitocentos euros da GNR. 

Findo o prazo deste contrato, será outorgado um contrato de comodato de 50 anos entre as partes, pode ler-se na minuta de arrendamento do edifício, cuja proposta vai esta sexta-feira a votação na reunião privada do Executivo, liderado por Marco Martins. 

De recordar que esta solução de pagamento não era a que a Autarquia de Gondomar estava à espera quando o Ministério da Administração Interna, então chefiado pelo ministro Eduardo Cabrita, desafiou o autarca a lançar a obra com "caráter de urgência". 

Tal como havia acontecido com o posto da GNR de Medas, Marco Martins acedeu avançar com a obra (a reconversão da Escola da Bela Vista custou 1,1 milhões de euros) e esperava receber na íntegra a compartipação financeira do Governo. 

Mas com o atual ministro, José Luís Carneiro, não foi esse o entendimento e a tutela demorou um ano para ultrapassar a burocracia do financiamento da empreitada. 

Fonte do Município assumiu ao JN que a mudança poderá acontecer "ainda em julho", mas questionado, pelo JN, o Ministério da Administração Interna ainda não avançou uma data. 

"Questões de secretaria"

Enquanto a inauguração não acontece, os efetivos sujeitam-se diariamente a trabalhar em parcas instalações, no Largo do Paço.

Em dezembro, cinco meses depois do novo posto da GNR estar pronto, César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, criticou o facto dos profissionais "não estarem a trabalhar num edifício com melhores condições por questões de secretaria". E denunciou: "Se o serviço aparece feito num posto muito trabalhoso como este, é por carolice dos seus profissionais, porque fazem muito trabalho com as más condições que têm". 

Marta Neves