O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa diz que o hospital Padre Américo, em Penafiel, “sofre de uma permanente pressão", em que a alocação de "recursos escassos é um problema recorrente", em reação ao pedido de escusa de responsabilidade por parte de 83 profissionais de enfermagem, esta segunda-feira.
Fonte do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) afirmou que por ser “um dos maiores hospitais do país”, que serve “cerca de 500.000 pessoas (5% da população portuguesa, distribuída por 12 Concelhos em 4 Distritos)”, o hospital depare-se com escassez de profissionais.
“Tem vindo a ser feito um enorme esforço de atratividade do CHTS nos últimos anos, ao ponto de, ainda recentemente, ter sido um dos hospitais que maior número de jovens médicos conseguiu fixar no recente concurso – cerca de 40”, referiu fonte hospitalar, acrescentando que “esta atratividade e o trabalho dos últimos anos de reforço da resposta assistencial”, faz com que “haja cada vez mais doentes que podem ser tratados em proximidade, sem necessidade de deslocação permanente para os hospitais do Porto”. “Mas esta resposta carece de equipas multidisciplinares, em que os enfermeiros, técnicos de diagnóstico, assistentes operacionais, entre outros, são parte fundamental”, garantem.
O Hospital diz ainda que foram “forçados” a cessar os contratos a termo de seis meses com enfermeiros e assistentes operacionais, com a perspetiva de que a afluência reduziria no verão, o que não veio a acontecer” e alega “dificuldades de autorizações de contratação (especialmente de enfermeiros e assistentes operacionais) para fazer face às necessidades crescentes”, o que “originam maior pressão sobre os serviços que continuaremos a tentar resolver da melhor forma possível e com esforço redobrado de convencimento dos órgãos decisores para um olhar mais aprofundado das necessidades específicas da nossa região”.