Vila Nova de Gaia

Gaia quer investir em contentores para responder ao aumento de alunos nas escolas

Proposta foi discutida na reunião do executivo desta segunda-feira André Rolo/ Global Imagens

Para responder à pressão do número de alunos que "aumentou significativamente" em várias escolas básicas de Gaia, a Câmara pretende adquirir contentores para libertar espaços e evitar o desdobramento de horários.

"Temos situações em que a pressão do número de alunos aumentou significativamente por causa, não da nossa natalidade, mas pela imigração e pelos novos alunos que nós temos de outros países", explicou o presidente da Câmara de Gaia, no final da reunião pública do executivo desta segunda-feira.

O executivo discutiu a proposta para a aquisição dos equipamentos modulares, pelo preço base de 435 mil euros. A aprovação unânime, na reunião, vai ser, agora, submetida a deliberação da Assembleia Municipal para a necessária autorização para a assunção dos encargos plurianuais.

Segundo Eduardo Vítor Rodrigues, há vários contentores em escolas do concelho que "estão num estado de degradação e que importa substituir".

"O que nós estamos a tentar fazer é libertar todos os espaços que temos nas escolas, como a biblioteca ou a sala dos professores, e aproveitarmos para salas de aulas, mudando esses espaços [biblioteca e sala dos professores, entre outros] para os contentores", referiu.

Admitindo que "a pressão é muito grande neste momento", o autarca não põe de lado a hipótese de os contentores servirem para aulas. "Não vou esconder que podemos chegar a uma situação em que tenhamos mesmo que ter, em última instância, desdobramentos de horários ou ter contentores para aulas", adiantou.

Construção de novas escolas

Neste momento, a autarquia está a estudar a possibilidade de mobilizar terrenos municipais para a construção de novas escolas nos próximos anos.

"Os melhores terrenos que nós temos não estão nas zonas mais pressionadas, que é a malha urbana. Vamos ver se, com os contentores modulares, resolvemos este ano letivo e o próximo, e estamos a estudar o que fazer nos seguintes", referiu.

João Nogueira