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Estudo defende taxas turísticas para áreas protegidas

Miradouro da Pedra Bela no Parque da Peneda-Gerês Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens

Mecanismo permitirá aumentar receitas e segmentar procura.

Um estudo coordenado por dois professores da Universidade do Minho, cujos resultados foram apresentados ontem, em Braga, defende a aplicação de taxas turísticas nos alojamentos situados em concelhos que integram áreas ambientais protegidas.

“A implementação de uma taxa turística deve ser considerada, de modo a promover a eficiência da economia, dar origem a um maior nível de receitas, financiar a preservação ambiental e melhorar as infraestruturas públicas e a qualidade geral dos serviços prestados num destino e segmentar a procura”, refere o relatório final.

Liderado por Rita Sousa e António Vieira, o projeto CLICTOUR permitiu analisar as tendências de evolução climática e identificou alguns impactos previsíveis nas áreas naturais protegidas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, do Parque Natural do Alvão e do Parque Natural do Litoral Norte.

Não perder a competitividade

As conclusões do estudo referem que, atendendo ao “contexto de mudança constante”, é “crucial” que os municípios e as áreas protegidas “desenvolvam instrumentos de governança que tenham em consideração todas as partes interessadas, definam modelos de gestão viáveis no novo contexto socioeconómico e ambiental e implementem novos modelos de financiamento”. O documento realça, no entanto, que as autarquias “devem definir o montante da taxa a aplicar sem diminuir a competitividade do destino turístico”, o que implica “compreender” as preferências dos turistas.

Ricardo Reis Costa