Cultura

Prendas do festival mais antigo do país

Mariana Tengner Barros, Rafael Alvarez e Noeli Kikuchi Direitos Reservados

Festival Citemor prossegue até dia 10 de agosto, esta sexta feira Rafael Alvarez dança em Coimbra

Até dia 10 de agosto decorre o  Citemor, o festival mais antigo do país , criado há 50 anos em Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra. Nesta edição o programa traz 14 espetáculos de artes visuais e performativas.

A programação decorre em Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz e continua “a afirmar a vocação produtora do Citemor”, assegurando um cartaz “repleto de novidades e acontecimentos únicos”. Os destaques deste que é o último fim de semana de julho começam em Coimbra,  no Teatro da Cerc a de São Bernardo, às 21.30 horas, com “Mono-no- Aware”, de Rafael Alvarez. 

O renomado coreógrafo e bailarino português é reconhecido pelo seu trabalho inovador e poético no campo da dança contemporânea, quer como intérprete quer como professor. A partir de 2017 iniciou um projecto contínuo de investigação artística no Japão “WAVE”, integrando actividades de criação coreográfica, mediação artística e formação  com apresentações e ações em Portugal, Japão, França e em diversos países do sudoeste asiático.

“Mono-no-aware”, nome do espetáculo apresentado é de resto um termo japonês, que aborda "uma empatia para com as coisas ou uma sensibilidade especial para com as coisas efémeras,  uma particular consciência e capacidade de resposta para alguma coisa, um objeto inanimado ou mesmo um ser vivo, ou uma resposta emocional sobre uma pessoa", escreve Alvarez.

O seu trabalho tem como marca de água uma atenção meticulosa aos detalhes e a criação de atmosferas evocativas, onde o movimento corporal é usado como uma linguagem expressiva para comunicar emoções complexas. 

Além desta especificidade Alvarez conta nesta obra com Mariana Tengner de Barros, uma das intérpretes mais peculiares da sua geração. 

Catarina Ferreira