Os três arguidos acusados do homicídio de Sara Carreira foram condenados, esta sexta-feira, com pena suspensa. O julgamento decorreu no Tribunal de Santarém, com os quatro arguidos envolvidos no acidente que provocou a morte da cantora, a 5 de dezembro de 2020, na A1.
Esta sexta-feira, no Tribunal de Santarém, Ivo Lucas foi condenado a 2 anos 4 meses de pena suspensa e ficou impedido de conduzir durante 2 anos. Cristina Branco foi condenada a 1 ano e 4 meses de pena suspensa e não poderá conduzir durante 1 ano e 9 meses. Paulo Neves, que não compareceu em tribunal, está impedido de conduzir durante 2 anos e foi condenado a 3 anos e 4 meses de pena suspensa. Tiago Pacheco, o quarto arguido envolvido no acidente, ficou sujeito ao pagamento de uma multa e não poderá conduzir durante 5 meses. Tem agora 10 dias para entregar a carta de condução.
Paulo Neves e Ivo Lucas foram condenados pelo crime de homicídio por negligência na forma grosseira e Cristina Branco foi condenada pelo crime de homicídio por negligência. Já Tiago Pacheco foi condenado por condução perigosa.
Ao que o JN apurou, os advogados de Cristina Branco e de Ivo Lucas estarão a ponderar recorrer, sendo que o advogado de Tiago Pacheco ainda estará analisar a situação. Já Tony Carreira admitiu que não o vai fazer, mas apontou algumas incoerências nas condenações e nos depoimentos dos arguidos.
O Ministério Público já tinha pedido a condenação a pena de prisão, suspensa na sua execução, do ator e cantor Ivo Lucas, da fadista Cristina Branco e do terceiro condutor, Paulo Neves, pela morte de Sara Carreira, de 21 anos, no acidente rodoviário.
Arguidos
No âmbito deste processo, estão a ser julgados por homicídio por negligência Paulo Neves, por conduzir embriagado a cerca de 30 quilómetros por hora na A1, sem sinalizar a “marcha lenta”, e Cristina Branco por “não circular com a atenção devida”, pelo que não reduziu a velocidade ou ultrapassou o veículo de Paulo Neves, para evitar a colisão.
Ivo Lucas também é suspeito do mesmo crime, por circular na faixa central entre 131 e 139 quilómetros por hora, e não ter reduzido a velocidade, nem travado, pelo que “colidiu contra a guarda central de segurança, embatendo no veículo de Cristina Branco”, o que levou Marisa Ginja, juíza do Tribunal Judicial de Santarém, que está a julgar este processo, a afirmar que “conduzia de forma desatenta”.
Tiago Pacheco é o quarto arguido, por conduzir na via central, circular a 150 quilómetros por hora, apesar de estar a chover e de ter passado por duas viaturas acidentadas, e não se ter desviado do veículo onde se encontravam Ivo Lucas e Sara Carreira.